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sexta-feira, novembro 14, 2008

Bom dia

A preguiça pra levantar de manhã cedo é subitamente interrompida pelo toque do celular. Ligação de uma pesoa mais que querida, que está a mais de 850 Km de distância, mas que eu queria que estivesse ali do meu lado. Coisa rápida, menos de um minuto, pois ele está no trabalho. Mas já é o bastante pra me despertar - ou me fazer sonhar ainda mais.

Uma hora depois envio um SMS com a seguinte mensagem: "Eh sempre bom falar com voce. Bom dia e bom trabalho. Bjs."

Em menos de um minuto, o celular toca novamente. Eu pensei que ele iria agradecer o SMS, mas me avisa que nem tinha recebido nada ainda (o sinal lá no trabalho dele é uma bosta). Ligou novamente só pra falar um pouco mais comigo, pois teve que interromper a primeira ligação por o chefe chegara cheio de tarefas pra ele. Então o que aconteceu foi puro transmimento de pensação! Sorrio espantado.

A segunda ligação também foi breve. Exatos 56 segundos. E precisa de mais tempo pra alegrar o resto do meu dia?

quarta-feira, outubro 01, 2008

Cala-te boca

Se um dia resolvesse ser padre, acho que no seminário eu tiraria as maiores notas na matéria "Atendimento no Confessionário". Desde há bastante tempo, inúmeras pessoas, de inúmeras origens, pelos interesses mais diversos, encontraram em mim porto seguro para suas confidências. Lembro-me, por exemplo, de uma garota com quem saí na adolescência – é, teve época que eu (achava que) era hetero – e já no primeiro encontro ela danou a me contar coisas escabrosas de sua família, sobre as dificuldades de relacionamento com os pais, casos de infidelidade, etc. À medida que a garota falava, eu tentava não mostrar uma cara de espantado, mas indagava com meus botões por que diabos ela revelava coisas tão cabeludas pra uma pessoa que mal a conhecia.

Outro exemplo, mais recente. Há poucos anos, um conhecido gay (na época éramos até amigos) veio me relatar sobre um abuso que sofreu na adolescência, na sua cidade de origem no interior de Minas, por parte de um sujeito um pouco mais velho (deviam ter cerca de 13 e 16 anos). Ele me relatava, com lágrimas nos olhos, os sentimentos que teve quando viu o sujeito anos depois, no seu local de trabalho em BH, descrevendo sobre o nojo que sentiu, e sobre outros detalhes mais íntimos do trauma que o episódio lhe causou.

Penso que nestes casos, como em dezenas de outros, as pessoas viram em mim uma pessoa confiável, à qual poderiam narrar segredos de diversas naturezas, com a certeza de que tais relatos não seriam reproduzidos. E eu realmente sei guardar apenas para mim as confidências que me são feitas, mesmo que isto me custe a perda de certas oportunidades que uma "língua solta" poderia me trazer.

O problema é que o tempo foi passando, e a experiência acumulada acabou por me atiçar outro papel junto ao de confidente: o de conselheiro. Sim, agregado à função de ouvir os casos alheios, em algumas oportunidades, aventurei-me a dar meus pitacos sobre o que achava das situações. E, na quase totalidade das vezes, por questão de extrema cautela, impus-me a regra básica de que conselho só é dado a quem pede. Quando muito, pode ser sugerido a quem demonstra precisar muito, e olhe lá!

Só que começo a ver que esta "função agregada" é por demais traiçoeira. E mesmo com a regrinha básica acima mencionada, muitas vezes a pessoa que pede sua opinião logo depois mostra que preferiria realmente não ouvir o que você tem a dizer. E nisso surgem situações deveras desagradáveis.

Certa vez recebi um SMS com estes exatos dizeres: "Te mandei email. Olha lá se puder e comente. Seus comentários me são muito importantes, sabe disso. Bjo." Por essas e outras tantas situações, recentemente, julguei-me na liberdade de dar palpites na vida alheia. Ledo engano. Disse muita coisa desagradável e, em troca, recebi outras tantas de igual ou maior aspereza. E não me cabe analisar quem está "certo" ou "errado". (Possivelmente, errados fomos os dois.) Nem me cabe também querer imbuir-me das dores e aflições alheiras até porque outra pessoa também já me acusou de ser incapaz de me colocar na posição de meus interlocutores.

Nisso tudo, vejo que tenho que aprender a avaliar melhor as situações e, via de regra, começar a agir tal como Wilson, a bola de volei companheira de Chuck Noland, personagem de Tom Hanks no filme "Náufrago". Com seu semblante impassível, Wilson foi capaz de acompanhar as agruras de Chuck anos a fio, sem lhe dirigir um único palpite errado ou comentário torto. Mesmo em silêncio, ele foi mais capaz de dar-lhe ânimo que centenas de palavras bem intencionadas não conseguiriam. E, no final, Chuck acabou chegando bem casa.

terça-feira, maio 20, 2008

SMS

"Muitissimo obrigado, sinceramente nao sei o que teria feito sem sua ajuda. Voce foi otimo! Fulana"

Foi exatamente desta forma que uma pessoa que me ajuda tanto todos os dias retribuiu a um pequeno favor que lhe fiz hoje (não alterei nem a falta de acentos, típicas das mensagens de SMS, e nem o fato de a Fulana ter escrito "obrigado" ao invés de "obrigada").

Foi coisa boba, que me custou apenas dez minutos de atenção e boa vontade. Dificuldade zero. Mas que pra ela significaram muito!

Impressionante como pequenos atos de atenção podem valer tanto para algumas pessoas. E também como uma singela demonstração de gratidão recompensa de forma tão bacana um gesto desinteressado de ajuda ao próximo.
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