Analitics

sábado, fevereiro 04, 2012

Podres de Ricas


Assisti uns pedaços na mais nova sensação trash da TV brasileira. O realty show Mulheres Ricas, da Band. Fiquei de cara com o "naipe" das figuras mostradas neste verdadeiro show de horrores, tão distante de qualquer riqueza ou realidade.

O programa mostra o "dia-a-dia" de um bando de peruas e seus arroubos de deslumbramento e ostentação. Verdade seja dita, há entre elas as que guardam alguma conexão com o mundo dos mortais, como a ex-sem terra, ex-playboy, ex-Fantasia e ex-piloto de Truck Débora Rodrigues. Mas há as que parecem tomar champagne como se fosse água mineral, e acham que arrorar marcar famosas é sinal de luxo. Irônico quando vindo de quem já exerceu a profissão mais antiga do mundo, e possivelmente bebeu muita coisa diferente por aí.


Claro que para se fazer um programa de televisão é preciso contar com bons personagens, e estas senhoras sabem disso, interpretando caricaturas de si mesmas e forjando amizades verdadeiras como notas de três reais.

Vejo este tipo de programa como entretenimento puro. Uma bobagem, uma besteira, rasa, fútil, descartável., sem maiores consequências. Mas o incrível é como tem gente que leva a coisa a sério, vendo em tudo motivo de revolta, vergonha das mazelas nacionais, etc. Balela! Dar a este programa uma importância que ele não é dar valor ao que não merece. Pior ainda é quem acredita no que vê e transforma este padrão de comportamento em objetivo de vida. Isso sim, lastimável.


Meus ciclos de amizades abrangem pessoas de todas as classes. Tenho amigos com pouca grana e amigos com muita grana. Mas muita grana, mesmo! Especialmente nestes percebo o quanto a educação vale mais que o saldo bancário. É o berço que define o que a pessoa é na vida - seja o berço de ouro, de madeira ou de caixote.

Eu me lembro certa vez de uma amiga, de família muito rica, que se casou e foi morar no Rio com o marido. Ambos trabalham para pagar suas contas e se sustentarem sozinhos. O casal tem apenas um carro, usado normalmente pelo marido. Ela vai pro trampo todo dia de ônibus. "Vou querer dois carros pra quê? Quero só ter dinheiro pra andar de taxi quando precisar e viajar o mundo quando quiser."

Taí a diferença entre ter bens e ter valores.

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Foto


Há tempos precisava tirar fotos para novos documentos, então hoje aproveitei e passei num desses locais que tiram fotos e revelam na hora. Pedi que a mesma foto fosse cortada em 3x4 e em 5x7. Mas quando você pensa que a foto vai ficar como a imagem de cima, ela se parece mais com a de baixo.


Então sobra apenas o lamento: "É, eu já fui mais fotogênico..."

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Atingindo o furo de trás


Existem pequenas conquistas que são capazes de nos das grandes alegrias, como o fato que ocorreu ontem comigo. Passei a usar meu cinto um furo mais apertado que o habitual. Sinal de que o novo planejamento alimentar, inciado este ano, já está dando resultados. Amanhã a minha nutricionista passa de manhã em casa para algumas medidas. Não confio muito em imagem, e pra mim, o que vale é o percentual de gordura ali, bem na ponta do adipômetro. Quero números! ;-)


Minha nutricionista, aliás, é uma figura! Prometi a ela que a levaria a uma boate gay, e ela logo se animou em ver os gogos dançando seminus, e fazendo strip total no fim da noite. Gostaria de levá-la o quanto antes. Pena que não dar pra levar Luiza, que está no Canadá...

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Ajuda às vítimas da chuva em Minas Gerais


Certamente os visitantes do blog já devem ter visto diversas matérias sobre os estragos causados pela chuva no sudeste do país, especialmente em Minas Gerais. Várias pessoas se mobilizaram para mandar ajuda aos desabrigados e desalojados. (Juro que eu sabia a diferença entre um e outro, mas não lembro mais. Importante é que, essencialmente, ambos estão na pior).

Admiro muito quem se dispõe a ajudar de forma mais efetiva, levando alimentos, fazendo coleta, separação, distribuição, etc. Eu bem queria ter tempo e disposição de participar desa forma, mas confesso que não tenho. Agora, quem quer ajudar aqueles que ajudam diretamente tem muitas maneiras de colaborar sem tirar a bunda da cadeira.

O Banco do Brasil, por exemplo, criou uma conta para ajudar os necessitados. É uma parceria com o Servas e a Defesa Civil Como tenho conta no banco, fiz uma transferência para ela. Se você está ma mesma situação que eu, vai meu apelo. Vamos ajudar quem precisa, pessoal. É fácil, prático, e você pode fazer na medida exata da sua vontade e disponibilidade.

Fica a conta: Banco do Brasil - Agência 1229-7 - Conta 64529-X
E fica a dica!

domingo, janeiro 01, 2012

Atendimento


Já era uma tradição: toda viagem ao Rio significava a compra de uma sunga nova na praia de Ipanema. Ali mesmo, na areia, ficada uma porção de areia um pouco elevada, onde as centenas de sungas eram expostas. Coloridas. Provocantes. Para todos os gostos. O cara que assinava as sungas estava sempre por lá. E sempre mais um ou dois caras, sempre sarados, vestindo alguma das peças. Batata! Você vê um sujeito gostosão com a sunga e se imagina do mesmo jeito com ela. Hahaha! Quem na gosta de se enganar, né? Eu mesmo me enganei assim várias vezes.


O roteiro não variava muito. Achava uma sunga bonita. “Tem que ver como fica no corpo. Experimenta aí.” O bonitão vem com uma canga e te envolve para você fazer a troca, no meio da praia. Vira de um lado. “Olha só como ficou bacana…” Vira de outro. “Esse tecido assim valoriza o material.” Olho no olho. Sorrisão aberto. “E aí, gostou?” Quase sempre nem destrocava a peça. Chora um pouco o preço, pede desconto pra levar mais de uma, e a minha coleção de sungas “Ricardo Diniz” só aumentava.


Nunca levei um produto que não gostasse, mas reconheço que o atendimento fazia toda a diferença. Já na viagem de outubro passado o procurei, mas não o achei. Perguntei a uma pessoa de uma barraca que fica lá perto. “Olha, um menino que trabalhava com ele saiu. Ele parou de vir todo dia, aparece de vez em quando.” Desconfio que o tal menino era mais que mero funcionário, mas também namorado, marido, sei lá… No reveillon, procurei novamente, em vão. Pena!


Indicaram a mim um outro ponto lá perto onde também havia sungas a venda. Abaixo de um guarda-sol branco com estampas em verde. Algumas das sungas estavam penduradas no guarda-sol, e outras em uma enorme bolsa na areia. “Pode olhar os modelos aqui.” indica o vendedor, que atuava só, indicando que poderia espalhar as peças numa canga ao lado. Começo a olhar sem tirar as sungas de lá. Variedade bem menor. Beleza bem menor. O sujeito se põe na minha frente de forma abrupta, como se estivesse fazendo algo errado. “Não é assim. Deixa que eu mostro pra você, bebê.” e dispara a expor as sungas que eu já tinha visto (e detestado) na tal canga.


Já fiquei espantado. Que deselenagnte! Quem a maricona pensa que é? Afinal, que nasceu pra Bruxa do71 nunca chega a Teresa Cristina, pombas! Acho que a minha cara de espanto foi muita. “Você fala português?” me pergunta o exu, achando que sou gringo. Mal balbucio que entendo tudo que acontece.

Gosto de uma peça. Um modelo com estampa de fitas do Bonfim, em tons de cinza, interessante. Estava prestes a levar. “Tem que vestir pra ver como fica.” Eu não estava pensando em provar, mas aceitei. O vendedor vem com a canga e eu troco. Vestiu legal, até. Pergunto de não teria um modelo daqueles em cores, até como forma de sugestão de estampa. “Assim fica muito colorido. Coloca a bandeira do arco-íris de uma vez, então! Pois se fizer ma sunga assim só vou vender pra gay.” Eu dou uma olhada em volta e penso: como assim?! Onde o sujeito acha que está? Na porta do Maracanã?!?!?! Ele não reconhece o público dele ao redor?!?!?!


Nesse momento decido não levar nada. “Olha só esse tecido molinho, fixa bem no corpo. mostra mais, etc…”, ele insiste. “eu não gostei” respondi, seco, mostrando que era fim de papo. Foi então que aquele umbral ambulante fez a coisa mais grosseira possível: me estendeu a canga que usava de vestiário pra eu me trocar. “Você consegue sozinho.”

Quase não acreditei. Pedi ajuda ao Personal, que estava comigo, tirei a sunga e deixei cair no chão, pisando em cima. “Sunga na areia!”, diria Cleyciane. A cacura ficou puta da vida quando viu a peça dela à milanesa e começou a me praguejar. Viro as costas e deixo aquela mistura de Clodovil com Elza Soares resmungando sozinho.


Verdade seja dita, eu até tinha gostado da sunga, e o preço era bem menor do que eu costumava pagar com os outros vendedores. Mas detestei o atendimento recebido, e por isso não comprei. Quase disse isso na cara do sujeito, mas ainda bem que não o fiz. Ele não merece sequer esse toque. Mas aos amigos do blog, fica a dica. Atendimento é tudo!
Related Posts with Thumbnails