Analitics

quarta-feira, dezembro 31, 2008

Final de ano

É hora do tradicional post de final de ano. E nesse momento penso apenas em colocar online o registro de algumas impressões sobre o ano que termina em poucas horas.

Foi meu primeiro ano completo na minha nova casa, na qual planejei fazer um bocado de mudanças, mas em que na verdade não mexi quase nada. Pelo menos já paguei 25 porcento do financiamento, que foi contratado para 20 anos, mas que pretendo quitar em no máximo mais dois.

Trabalhei como nunca e termino o ano com a sensação de que não estou conseguindo dar conta de tudo que tenho pra fazer. Acho que não termino 2009 no mesmo sistema de trabalho e penso seriamente em sair do meu serviço público e ficar 100% no escritório. Do jeito que está, não dá pra continuar. Mas não reclamo. O aumento no trabalho foi compensado com um aumento na renda. Graças a Deus, sou um sujeito que me sustento sozinho e não tenho necessidade de fazer muitas contas pra satisfazer a maior parte das minhas pequenas vontades cotidianas.

Na vida familiar, 2008 foi um ano mais tranquilo que os anteriores. Agradeço muito por ter meus pais por perto, vivos e saudáveis, ainda que a idade pareça lhes pesar um pouco mais a cada ano. Minhas irmãs parecem estar encontrando, cada uma, seu rumo para a estabilidade e meu sobrinho tem demonstrado se tornar uma pessoa muito bacana, inteligente e equilibrado, que hoje exerce na casa dos meus pais um papel que foi meu quase que minha vida toda.

Tempo é um artigo raro e caro hoje em dia. Fiz um baita esforço pra malhar pelo menos três vezes por semana, e em alguns meses tive sucesso. Difícil é só poder malhar entre nove e dez horas da noite, num lugar longe de casa, algumas vezes até sozinho. Cresci um bocado: nos braços, no peito, nos ombros... e na pança! Saudades do tempo que eu tinha abdômen, e não barriga! Mas nada que não se dê jeito. Aos 30 anos, sei que não faço feio e me olhando no espelho vejo que eu me pegaria muito mole.

Finalizo o ano solteiro, após terminar um namoro que durou um ano e meio. Terminei porque o relacionamento passou a me render mais estresse que e solidão que alegrias e companheirismo. Como sempre, sou hoje amigo do meu ex, de quem gosto bastante como pessoa, mas não conseguiria mais ter como namorado.

Desde então conheci algumas pessoas, fiz novos e bons amigos, mas mantenho-me sem compromisso com ninguém, a não ser comigo mesmo. De verdade, lamento que quem eu quero mesmo esteja tão longe e que a gente ainda não tenha conseguido se encontrar. É difícil viver essa expectativa à distância por tanto tempo, mas sou brasileiro e não desisto nunca. No tempo certo, o que tiver de acontecer vai acontecer.

Viajei menos do que queria, Vi a Fórmula 1 em São Paulo e o show da Madonna do Rio. Aliás, 2008 foi o ano de reafirmar minha paixão por esta Cidade Maravilhosa, para a qual vim algumas vezes durante o ano, e também onde passarei a virada. Enquanto esperto a hora de ir pra Copacabana ver os fogos, fico aqui, na casa de um amigo que amo de paixão, e que conhecer pessoalmente foi um dos melhores feitos do ano. Obrigado, Ricardo, por toda atenção, carinho, apoio, paciência, inspiração e exemplo durante este ano.

Enfim, o ano novo começa com cara nova no blog, por obra e graça do amigo Enfil, cuja criatividade me surpreende a cada post.

No mais, fica um desejo de um excelente 2009 a todos!

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Natal


Só pra não deixar a data passar em branco.
FELIZ NATAL!
E que o amor de Jesus Cristo esteja com todos vocês.

domingo, dezembro 07, 2008

Música para embalar sonhos




It's like I've waited my whole life for this one night
It's gonna be me you and the dance floor

E eu ainda estou esperando a chance desta noite...

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Solidariedade

Campanha bacana que encontrei num blog cuja temática é de esportes. Mas, numa hora dessas, tema de blog é o de menos. Já fiz uma transferência pra ajudar o pessoal de Santa Catarina. Se cada um colaborar com um pouquinho, muito pode ser feito. Se alguém quiser colocar no próprio blog para ajudar na divulgação, esteja a vontade.

sábado, novembro 29, 2008

Não confunda...


Diálogo travado no final de semana passado, da cobertura de um hotel, após meia hora de sauna a vapor. Um amigo que acabara de sair do forno pescou (e pescou mal pescado) um pedaço da conversa que havia acontecido um pouco antes, a respeito da vista da cidade. Da beirada do parapeito ele esticava o pescoço e perguntava:

- Cadê o Tempra?
- Que Tempra???
- O Tempra de que vocês estavam falando. Eu não estou vendo o Tempra.
- Tá maluco? Ninguém falou de Tempra nenhum.
- Porra, ou ouvi direitinho vocês falando que 'tá rolando a maior pegação naquele Tempra'.
- KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
- Que é que foi?
- O comentário é que 'tá rolando a maior pregação naquele templo'!!!
- ...


sábado, novembro 15, 2008

Educação fisica com história


“Triálogo” acontecido na última quinta-feira na academia, entre mim, meu sócio (que malha comigo) e o meu instrutor-xará.

Sócio: Já que faltei a um treino esta semana, to querendo vir no sábado pra compensar.
Instrutor-xará: Sábado não vai dar. A academia vai estar fechada por causa do feriado.
Sócio: Tem feriado no sábado??
Eu: É mesmo. Como cai no sábado, ninguém repara, mas vai ser 15 de novembro.
Instrutor-xará (em tom desafiador): Então diz aí, 15 de novembro é dia do quê?
Eu (respondendo na lata): Proclamação da república, rapaz!
Instrutor-xará: Grande garoto...
Eu (retribuindo o desafio): Agora fala pra mim quem foi que proclamou a república.
Instrutor-xará: ?!?!?!?!?!?!

Como o instrutor-xará, além de lindo e gostoso, é uma simpatia de pessoa, eu acabei dando um desconto. Do contrário eu ia perguntar pra ele o que é república, só pra massacrar. E pra ele aprender a não mexer com quem tá quieto...

sexta-feira, novembro 14, 2008

Bom dia

A preguiça pra levantar de manhã cedo é subitamente interrompida pelo toque do celular. Ligação de uma pesoa mais que querida, que está a mais de 850 Km de distância, mas que eu queria que estivesse ali do meu lado. Coisa rápida, menos de um minuto, pois ele está no trabalho. Mas já é o bastante pra me despertar - ou me fazer sonhar ainda mais.

Uma hora depois envio um SMS com a seguinte mensagem: "Eh sempre bom falar com voce. Bom dia e bom trabalho. Bjs."

Em menos de um minuto, o celular toca novamente. Eu pensei que ele iria agradecer o SMS, mas me avisa que nem tinha recebido nada ainda (o sinal lá no trabalho dele é uma bosta). Ligou novamente só pra falar um pouco mais comigo, pois teve que interromper a primeira ligação por o chefe chegara cheio de tarefas pra ele. Então o que aconteceu foi puro transmimento de pensação! Sorrio espantado.

A segunda ligação também foi breve. Exatos 56 segundos. E precisa de mais tempo pra alegrar o resto do meu dia?

quarta-feira, novembro 12, 2008

Piadinha tosca (1)


O cara está preso na delegacia, todo arrebentado... O advogado comparece para libertá-lo, e pergunta o que havia acontecido. O cliente começa a explicar: - Bem, eu estava passando na rua e de repente, vi um monte de gente correndo. Estavam socorrendo uma prostituta, que acabava de dar a luz a um lindo menino. Solidário, comprei um pacote de fraldas para presentear a prostituta. Então, um PM, com 2 metros de altura e 3 de largura, se aproximou e vendo o pacote de fraldas nas minhas mãos, perguntou: - Pra onde vai isso? E eu respondi: - Vai pra puta que pariu... Depois disso não me lembro de mais nada, mas já tô conseguindo abrir um olho.

sexta-feira, novembro 07, 2008

Pagando promessa

Ai, eu e minha boca grande… Ou melhor, eu e meus dedos grandes sobre este teclado! Quem mandou prometer post? Agora güenta e escreve, né?


Quem já acompanha este blog há mais tempo sabe que trabalho em dois locais: num serviço público e num negócio próprio. Pois há uns 15 dias resolvi tirar quatro semanas de férias prêmio no serviço público. O objetivo: poder dedicar-me em tempo integral para o negócio próprio, inclusive colocando algumas pendências em dia.

Acontece que, ao contrário do esperado, não está “sobrando” tanto tempo quanto eu imaginava. Ou melhor, tempo até existe, mas a produtividade não permaneceu a mesma. Ou seja, estou gastando mais tempo pra fazer só um pouco mais do que fazia antes. Claro, com mais calma, sem tanto estresse, dormindo até um pouco mais tarde, etc. Só que já percebi que, no final das contas, vou acabar não fazendo metade de tudo que havia planejado.

Confesso que meu maior dilema profissional no momento é decidir quando vou (ou simplesmente tomar coragem para) deixar este serviço público para me dedicar exclusivamente ao negócio próprio. Estes dias têm de servido de experiência sobre como seria uma nova rotina, menos corrida, e admito estar gostando bem mais da vida assim. Por outro lado, abrir mão de um bom salário garantido todo início de mês também não é fácil, especialmente pra um cara que mora sozinho e tem que arcar com todas as contas, inclusive com o financiamento do próprio apê.

Mas graças a Deus nem tudo é trabalho, e no final de semana passado fui a São Paulo ver o GP Brasil de Fórmula 1. Já virou tradição, todo ano vou. É um pequeno luxo que me permito todos os anos e do qual nunca me arrependi. A corrida foi extremamente emocionante, especialmente no seu final. Pena que o título do Massa escapou por pouco, MUITO POUCO!

Viajei com dois amigos heteros, o que impediu, por exemplo, que eu fosse conhecer a The Week no sábado. Mesmo assim, ainda pude sair, beber e me divertir na noite paulistana. Quem eu queria que estivesse ao meu lado infelizmente não pôde comparecer. De qualquer maneira, fui presenteado com um telefonema às três e meia da manhã de domingo, de um garoto de ouro dizendo estar pensando em mim naquele momento. Foi o suficiente pra eu agradecer a Deus por estar tranqüilo numa boate HT naquela hora, e não “me jogando” feito louco pela paulicéia desvairada.

Por falar em planos, tinha imaginado tirar a última semana dessas minhas “férias” para mim mesmo, deixando o escritório de lado neste período. Mas como deixei as coisas passarem e muito do que havia imaginado não se concretizou por si só, devo acabar ficando por BH o tempo todo. O que não vai ser uma alternativa muito ruim, pois acabei gastando horrores na viagem a São Paulo e preciso dar uma maneirada na grana.

Afinal, mês que vem vou ao Rio ver o show da Madonna, então já é mais uma viagem pra consumir uns bons trocados, mas também pra render boas lembranças, espero eu. Até lá, logo volto pra minha antiga rotina, na qual entre “time goes by so slowly” e “we only got 4 minutes to save the world”, estou mais pra segunda situação.

terça-feira, novembro 04, 2008

Boicote


Protesto contra as trapalhadas da Ferrari na temporada de Fórmula 1, que acabou jogando no lixo preciosos pontos que garantiriam o título da temporada para o Felipe Massa.

Ainda esta semana, escrevo um post decente (algo que se tornou raridade neste blog), pra falar sobre minhas "férias" e minha passagem por São Paulo no final de semana, para ver a corrida.

terça-feira, outubro 28, 2008

E a frase é... (3)

Essa aconteceu há cerca de cinco minutos, e não poderia deixar de registrar:


"Tem foto de gente pelada aqui!"

A série “E a frase é...” é uma coletânea de frases emblemáticas que, em algum momento, por algum motivo , dita por alguma pessoa, ganhou um significado único, normalmente engraçado (quando não hilariante). Só que fora do seu devido contexto, estas frases parecerão estranhas e sem sentido para a quase totalidade dos leitores. Esta série tem o objetivo de documentar estas frases para o Autor do blog e instigar a imaginação de seus leitores sobre quem/como/quando/onde foram ditas.

sábado, outubro 25, 2008

Like a bird

Ontem conheci o DVD de um grupo que, ao que parece, já faz bastante sucesso em Recife. Trata-se do "Nós 4". Ainda vou procurar mais informações sobre eles na internet. Mas desde já digo que têm dois vocalistas (um cara e uma garota) com vozes lindas, mandando muito bem interpretando sucessos nacionais e internacionais. Abaixo, segue um vídeo de uma versão deles para a música "I`m like a bird", da Nelly Furtado. Não é exatamente o que eu queria postar depois de tanto tempo ausente. Mas deu vontade...


sábado, outubro 04, 2008

E a frase é... (2)



"Estão passando salsicha na grade!"

A série “E a frase é...” é uma coletânea de frases emblemáticas que, em algum momento, por algum motivo , dita por alguma pessoa, ganhou um significado único, normalmente engraçado (quando não hilariante). Só que fora do seu devido contexto, estas frases parecerão estranhas e sem sentido para a quase totalidade dos leitores. Esta série tem o objetivo de documentar estas frases para o Autor do blog e instigar a imaginação de seus leitores sobre quem/como/quando/onde foram ditas.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Cala-te boca

Se um dia resolvesse ser padre, acho que no seminário eu tiraria as maiores notas na matéria "Atendimento no Confessionário". Desde há bastante tempo, inúmeras pessoas, de inúmeras origens, pelos interesses mais diversos, encontraram em mim porto seguro para suas confidências. Lembro-me, por exemplo, de uma garota com quem saí na adolescência – é, teve época que eu (achava que) era hetero – e já no primeiro encontro ela danou a me contar coisas escabrosas de sua família, sobre as dificuldades de relacionamento com os pais, casos de infidelidade, etc. À medida que a garota falava, eu tentava não mostrar uma cara de espantado, mas indagava com meus botões por que diabos ela revelava coisas tão cabeludas pra uma pessoa que mal a conhecia.

Outro exemplo, mais recente. Há poucos anos, um conhecido gay (na época éramos até amigos) veio me relatar sobre um abuso que sofreu na adolescência, na sua cidade de origem no interior de Minas, por parte de um sujeito um pouco mais velho (deviam ter cerca de 13 e 16 anos). Ele me relatava, com lágrimas nos olhos, os sentimentos que teve quando viu o sujeito anos depois, no seu local de trabalho em BH, descrevendo sobre o nojo que sentiu, e sobre outros detalhes mais íntimos do trauma que o episódio lhe causou.

Penso que nestes casos, como em dezenas de outros, as pessoas viram em mim uma pessoa confiável, à qual poderiam narrar segredos de diversas naturezas, com a certeza de que tais relatos não seriam reproduzidos. E eu realmente sei guardar apenas para mim as confidências que me são feitas, mesmo que isto me custe a perda de certas oportunidades que uma "língua solta" poderia me trazer.

O problema é que o tempo foi passando, e a experiência acumulada acabou por me atiçar outro papel junto ao de confidente: o de conselheiro. Sim, agregado à função de ouvir os casos alheios, em algumas oportunidades, aventurei-me a dar meus pitacos sobre o que achava das situações. E, na quase totalidade das vezes, por questão de extrema cautela, impus-me a regra básica de que conselho só é dado a quem pede. Quando muito, pode ser sugerido a quem demonstra precisar muito, e olhe lá!

Só que começo a ver que esta "função agregada" é por demais traiçoeira. E mesmo com a regrinha básica acima mencionada, muitas vezes a pessoa que pede sua opinião logo depois mostra que preferiria realmente não ouvir o que você tem a dizer. E nisso surgem situações deveras desagradáveis.

Certa vez recebi um SMS com estes exatos dizeres: "Te mandei email. Olha lá se puder e comente. Seus comentários me são muito importantes, sabe disso. Bjo." Por essas e outras tantas situações, recentemente, julguei-me na liberdade de dar palpites na vida alheia. Ledo engano. Disse muita coisa desagradável e, em troca, recebi outras tantas de igual ou maior aspereza. E não me cabe analisar quem está "certo" ou "errado". (Possivelmente, errados fomos os dois.) Nem me cabe também querer imbuir-me das dores e aflições alheiras até porque outra pessoa também já me acusou de ser incapaz de me colocar na posição de meus interlocutores.

Nisso tudo, vejo que tenho que aprender a avaliar melhor as situações e, via de regra, começar a agir tal como Wilson, a bola de volei companheira de Chuck Noland, personagem de Tom Hanks no filme "Náufrago". Com seu semblante impassível, Wilson foi capaz de acompanhar as agruras de Chuck anos a fio, sem lhe dirigir um único palpite errado ou comentário torto. Mesmo em silêncio, ele foi mais capaz de dar-lhe ânimo que centenas de palavras bem intencionadas não conseguiriam. E, no final, Chuck acabou chegando bem casa.

quinta-feira, setembro 25, 2008

O "meio" e o ambiente


"Você freqüenta o meio?"

Lembro-me do meu início na vida gay, quando eu sequer tinha certeza do que gostava ou deixava de gostar, mas dispunha-me a experimentar o contato íntimo com outros homens. Nas conversas em chats na internet, ou no msm, a indagação sobre o "meio", muito comum entre os iniciantes e os enrustidos (e no meu caso eu era ambos), aparecia tanto quanto o famigerado "Você é A ou P?".

Durante muito tempo, relutei em ir a lugares gays, especialmente por medo de ser reconhecido. Também a atmosfera de alguns deles, muito sombria e erotizada, não me trazia uma energia boa. Questionava-me por que tais lugares tinham que ser, ao mesmo tempo, locais para esconder o rosto das pessoas "lá de fora" e pra expor o corpo pras pessoas "lá de dentro". Por essas e outras, muitas pessoas valorizam os que não "freqüentam o meio" quase tanto quanto aquelas que são "discretos" e "não afeminados". No fundo, parece que o contato com outros gays ganha um aspecto "contagioso", que a afetação é transmitida pelo toque, ou pelo ar, ou que homossexuais são classificados pelos seus próprios pares em categorias que chamaria de, digamos... "graus de viadagem".

Minha introdução no "meio" se deu de forma lenta, gradual e irreversível. Aos poucos, fui conhecendo lugares novos. Percebi que só se embrenha na escuridão e na promiscuidade quem deseja. Identifiquei locais bacanas, abertos, iluminados, cheios de saúde e vida. Principalmente, vi-me em alguns ambientes em que me senti à vontade, podendo ver e ser visto sem medo de qualquer represália. Isso tudo sem me agredir, sem mudar meu jeito de ser, agir ou pensar.

Acontece que, nas últimas semanas, até mesmo pelo recente final de meu namoro, acabei por um movimento "natural" restabelecendo contatos com amigos "das antigas", dos tempos de colégio e faculdade. Coincidiu ainda de, em dois finais de semanas seguidos, eu comparecer a três casamentos e um churrasco, todos com turmas de amigos heteros, que não sabem (e nem se mostram interessados em saber) sobre minha sexualidade.

No entanto, impossível não registrar que ao lado da alegria dos reencontros com várias pessoas queridas, com as quais meu contato havia rareado, estes eventos também me trouxeram momentos de um certo incômodo.

Era chato ser o único desacompanhado no meio de vários casais.
Era chato perceber que eu fui um dos únicos que recebeu apenas um "convitinho" pra festa, ao invés de dois.
Era chato ver que, ao final da noite, os poucos solteiros sempre tratavam de abordar e mulheres do local, quase sempre com sucesso (ah, no meu tempo de hetero as mulheres nunca davam esse mole todo!).
Era chato perceber que as mulheres no local não me interessavam, e que mesmo pelos próprios homens eu não me empolgava.
Era chato me sentir quase um ser assexuado.

Nestas situações, por mais que me encontrasse entre amigos, e por mais que percebesse que não havia qualquer pressão ou expectativa sobre minha pessoa, era fato que eu me sentia "sem ambiente". Tal como uma pessoa que se sente incomodada quando não tem o hábito de usar gravata e é obrigada a vestir num evento especial. Ou uma pessoa que coloca um sapato novo e caminha a tarde inteira com o calçado apertando o calcanhar. Só que meu incômodo era na alma. De alguma forma me sentia tolhido em parte importante da minha integridade. Não consegui agir em plena liberdade.

Por essas e outras que após um dos casamentos não hesitei em sair no final da festa e ir diretamente para uma boate gay daqui da cidade. Lá, mesmo estando sozinho, me senti liberto de minhas próprias amarras. E a sensação de liberdade da alma que vivenciei me mostrou que, mesmo com todas as ressalvas que eu ainda pudesse ter ao "meio", certamente aquele era muito mais o meu ambiente.

domingo, setembro 21, 2008

E a frase é... (1)



"Senta no patinho!"

A série “E a frase é...” é uma coletânea de frases emblemáticas que, em algum momento, por algum motivo , dita por alguma pessoa, ganhou um significado único, normalmente engraçado (quando não hilariante). Só que fora do seu devido contexto, estas frases parecerão estranhas e sem sentido para a quase totalidade dos leitores. Esta série tem o objetivo de documentar estas frases para o Autor do blog e instigar a imaginação de seus leitores sobre quem/como/quando/onde foram ditas.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Sufoco


Queria escrever um post sobre Tutu, meu último namorado estive junto por um ano e meio, sendo que o namoro terminou há quase um mês, dando origem ao post abaixo. A idéia era escrever sobre como ele é um cara bacana, animado, bonito, e também como mesmo tendo um jeitão todo de criança, agiu de forma extremamente madura quando de nosso término. Só pra registro, eu terminei o namoro só que, no final da nossa conversa, era ele que me consolava!

Comecei a escrever o post, mas não consegui terminar. No início, parava pra conter algumas lágrimas. Depois o tempo foi passando e me vi absorvido por várias outras tarefas. Quando dei por mim, já tinha perdido o timing daquilo que seria uma homenagem e ao mesmo tempo um registro de despedida.

Também por isso acabei não escrevendo sobre o final de semana que passei no Rio, na casa do Râzi e do , que foram (como sempre) uns amores, e escreveram sobre a visita na época. Então deixo os links dos relatos aqui e aqui, sorrateiramente surrupiando os seus textos e agradecendo novamente todo o carinho recebido.

No entanto, devo registrar que as últimas semanas foram de bastante sufoco, em vários aspectos. Alguns dos visitantes deste espaço sabem que trabalho em dois locais: um negócio próprio e um serviço público. Pois exatamente nesta época houve uma espécie de auditoria no meu serviço público (na verdade, a primeira de três que acontecerão no intervalo de pouco mais de um mês).

Os dias que antecederam a data desta “auditoria” (que ocorreu no último dia 09 de novembro) foram de bastante tensão, até porque toda uma documentação que deveria providenciar simplesmente dependia do envio de outros setores sobre os quais eu não tinha controle. E depender dos outros em casos assim é uma merda!

Bom, não devo negar que boa parte na “culpa” foi minha, uma vez que deixei algumas providências para a última hora e não tomei as devidas cautelas para o caso. Mas foi a primeira vez que fiquei responsável por isso em anos de trabalho no setor. Faltou experiência, vivência, uma certa maldade até.

No final, tudo deu certo. Por pouco, mas deu. Fomos até elogiados pelos “visitantes”. Naquela terça-feira, por este e por outros motivos, fui tomado por uma sensação de alívio pelos resultados obtidos, mas também saí com a sensação de alerta para que nunca mais me colocasse vulnerável novamente.

Desde então os dias têm se seguido, ainda com muito trabalho, mas sem a “faca no pescoço”, até porque muitas das providências já tomadas servirão para as duas próximas auditorias marcadas para breve. O negócio é que, nos finais de semana, ao invés de aproveitar para descansar dos dias corridos, acabei dando minhas voltas pela night belorizontina.

No último final de semana, por exemplo, tive dois casamentos de amigos de faculdade (sábado e domingo). No próximo sábado, tenho programado outro casamento, de amigo do trabalho (no qual serei padrinho!) e ainda um churrasco de despedida de um amigo da turma de colégio.

E nesse momento reparo que, como em outras oportunidades, o final de um namoro me leva a retomar contatos com amigos “das antigas”, dos quais eu invariável e involuntariamente me afasto quando estou com alguém. Enfim, estou me readaptando à vida “de solteiro”, sem saber quanto tempo levarei até encontrar um novo ponto de equilíbrio.

sábado, agosto 23, 2008

Acabou

Esta é a música que marcou a noite de ontem. Depois escrevo direito. Por enquanto, é só isso mesmo.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Super Size Me

Prometo evitar ao máximo falar de "vida corrida" aqui neste blog, tanto pra não me tornar repetitivo, quanto pra fugir de assuntos chatos, evitando qualquer resquício de autopiedade. Mas hoje (pra variar) estava eu mega atrasado entre meus dois trabalhos quando, pra ganhar alguns minutos, resolvi fazer algo que tenho evitado já há alguns anos: comer sanduíche do McDonald's.

Daí que lá vou eu comprar uma promoção de um sanduíche daqueles novos de frango (menos calórico?) com suco de uva (mais saudável??) e fritas (precisa comentar???). Faço o meu pedido pra viagem e me dirijo ao prédio do meu trabalho, onde iria degustar meu almoço fast food.

Eis que ao entrar no elevador, vejo um grupo de uma cinco carinhas, todos gatinhos, de roupa social, que trabalham em outro andar, e aparentemente voltavam do almoço juntos. Lá estava eu, com minha pasta numa mão, a sacola da Mc na outra, e ainda equilibrando o copo do suco, quando, num gesto de pura gentileza urbana desinteressada, segurei o elevador para que as beldades subissem comigo. (Aos céus? Não, dava. Mas pelo menos até meu andar já tava valendo...)

Foi quando se iniciou uma conversa entre eles, mais ou menos assim:

- Cara, outro dia vi aquele documentário daquele americano que ficou um mês só comento Mc Donald's.

- Nó, que doidera, né?

- O cara ficou malzaço!

- Fudeu o organismo dele todo!!!

- Muito doido...

- Fez um monte de exames. Detonou tudo lá dentro.

- A namorada do cara ficou reclamando direto dele.

- Quase que não agüentou.

- Diz que agora ele vai fazer um outro, só fumando um mês inteiro.

- Esse cara é louco.

- Muito louco...

Isso tudo comigo lá do lado, com meu Chicken Club Bacon Crispy assassino, minhas fritas cancerígenas e meu suco envenenado nas mãos, tudo embrulhado numa sacolinha de papel ecologicamente correta, ornada com símbolos das Olimpíadas de Pequim.

Será que esses fedaputas (que eu não conheço!!!) são apenas um bando de "sem noção", ou eles tavam realmente de sacanagem com minha cara? Ou será que foi um sinal dos céus, que me enviaram meia dúzia de anjos gatinhos, zelosos com munha saúde e boa forma, querendo me lembrar pra nunca mais comer besteira no lugar do almoço?

Espero chegar pelo menos aos 40 anos e descobrir antes de ter um ataque cardíaco. (Por essas e outras, voltei a treinar pesado na academia há cerca de duas semanas.)

domingo, agosto 10, 2008

Dia dos Pais


Hoje o Dia pos Pais foi um dos melhores dos últimos anos. Meu pai nem reclamou do presente que ganhou! Bom demais!!!

Este post é uma homenagem aos pais que frequentam este blog, a quam mando meus parabéns por este dia tão importante. Em especial, meu grande beijo para o Ludo e para o Râzi, que são dois pais que sobre os quais posso testemunhar o carinho e amor que têm pelos seus filhos.

Beijos!

domingo, agosto 03, 2008

Friends on the Road



Semana passada meu humilde cafofo passou por uma “prova de fogo”. Visitantes ilustres marcaram presença durante pouco mais de uma semana, e alteraram para muito melhor a minha rotina.

O chegou no domingo, dia 20, em pleno dia de parada gay em BH (!). Quinta-feira, dia 24 (!!!), de manhã foi dia do Râzi chegar. Já no dia seguinte, foi o Oz deu as caras.
Vou fazer como o Râzi e me esquivar de descrever detalhadamente tudo o que aconteceu. Sabe, foi tanta coisa, tantos passeios, encontros, reencontros, apresentações, aventuras... Impossível retomar tudo aqui e agora.

Faço questão de registrar que foram dias fantásticos, nos quais me esforcei para receber meus amados amigos da melhor forma possível. E nesta missão tive o apoio do meu gatinho e de grandes amigos (em especial do Ludo de minha grande amiga mais que especial), que deram a maior força quando não pude estar presente.

De tudo que passou, me felicito em constatar que possuo grandes amigos, com quem posso contar nos momentos de necessidade. Falo isso tanto a respeito dos que vieram quanto dos que aqui já estavam. Noto, aliás, a grande tendência entre uma turminha de amigos blogueiros em tentar se encontrar e estreitar os laços traçados pela web.

Não gosto da expressão “amigos virtuais”, pois de “virtual” só há o meio de contato (alguém aí já ouviu falar de “amigo telefônico”, por exemplo???). E virtual, nesse caso, pode transparecer um sentido de “não verdadeiro”.

Pelo contrário, estas amizades têm se mostrado extremamente reais e sinceras, pouco importando se as pessoas encontram-se a centenas ou milhares de quilômetros. E faço votos que este tipo de interação se intensifique, e que novos encontros surjam no horizonte.

terça-feira, julho 01, 2008

Heartbreaker

Este post é homenagem a uma pessoa que conheci recentemente e, em pouco tempo, se tornou um amigo muito querido.



Foi mal, galera, mas é piada quase interna.
Linguagem semi-cifrada.
Coisa de nerd mesmo...

quinta-feira, junho 26, 2008

Planos


Não posso dizer que eu seja uma pessoa exatamente organizada (muito pelo contrário), mas dentro do que posso chamar de "meu planejamento de vida" sempre tive uma coisa muito acertada: primeiro precisaria comprar meu apartamento, para só depois pensar em comprar um carro. Dito e feito. No final do ano passado dei entrada no meu apê e consegui sair do aluguel. Hoje pago as prestações do financiamento e, tentando amortizar a dívida todo mês, quero quitá-lo em no máximo mais dois anos. Neste cenário, só planejava tratar da questão do carro quando a dívida já estivesse bem reduzida, e pensava que esta nova aquisição deveria ser vista lá pelo final de 2009, pelo menos.

Acontece que o final de semana passado embaralhou tudo e minha cabeça quase pirou. Explico. Por questões de trabalho, tive em minhas mãos um carro importado, liiiiiiindo, super completo, todo bacana, sob meus cuidados desde sexta-feira passada até a manhã da segunda-feira. Não era exatamente um carro novo, mas era TUDO DE BOM, 2.0, com câmbio automático, direção hidráulica, ar condicionado, air bags, bancos de couro, e uma série de outas cositas mas.

Sabe quando falam de homens que se realizam através do seu carro? Sempre achei isso meio babaquice, mas vivi na pele esta sensação. Dentro do "meu" carro me senti mais importante, mais potente, mais confiante, mais bonito e com um pinto cinco centímetros maior.

Isso não apenas por mim, mas também pela reação das pessoas quando me viam com o carro. O porteiro da casa dos meus pais, por exemplo, ficou babando, achando que a máquina era minha de fato. Até porque começar a andar num carro bacana serve como um sinal para os outros de que a vida está melhorando, de que há sucesso e dinheiro no caminho da sua vida.

E fora questões de ego à parte, tem também questões bem práticas na parada. Sexta e sábado fui a duas festas muito bacanas, mas que também eram muito longes, impraticáveis de ir de ônibus (e muito menos de taxi). Minhas opções seriam depender de carona (com todos os inconveniente de ficar na dependência dos outros) ou correr o risco de ficar em casa e perder noites excepcionais.

Pra esclarecer, uso quase sempre o carro da casa de meus pais, mas nem sempre dá pra contar com ele. Um exemplo quase trágico disso foi quando fui pegar o carro no dia 12 de junho passado e ele não estava na garagem. E nem pude reclamar, pois não apareci com nenhuma namorada pra minha família que justificasse um piti meu pelo carro exatamente naquele dia.

Por algum tempo, fiquei severamente tentado a ficar com aquele carro só pra mim, ou a fazer uma série de outros negócios que me garantiriam um carango só meu nos próximos dias. Mas foi só por algum tempo mesmo. Pouco depois, a razão retomou seu lugar, alertando que ainda não é a hora.

No fim, pelo menos ficou o gostinho do tempo que passei com aquela belezura de carro, os bons momentos proporcionados, e a sensação de que meus planos de compra podem ser adiantados um pouco. Quem sabe?

Certo é que, após este episódio, relembrei que não seria o carro que me faria mais importante ou potente, já estava mais confiante, continuava com a mesma beleza de sempre e com um pinto que, graças a Deus, já é de bom tamanho.

sexta-feira, junho 20, 2008

Vai dar praia?

Hoje começa o inverno, mas como não gosto de frio, prefiro já pensar no verão. Para isso, coloco um pequeno vídeo de um desfile da São Paulo Fashion Week, com direito a Cauã Reymond.



Do ponto de vista concietual, achei péssimo quando traduziram o nome do evendo para o inglês. Preferia que continuasse se chamando "Semana da Moda de São Paulo". Do ponto de vista prático, depois do vídeo aí em cima, já nem tô ligando mais pro nome!

Vale pra lembrar que todo projeto "verão 2009" tem que começar já no "inverno 2008". Vou pensar nisso (e usar como desculpa pra rever este post) toda vez que der preguiça de ir à academia...

quinta-feira, junho 12, 2008

Mega drops


Pois é, depois de semanas sem publicar nada, sento na frente da "folha" em branco do Word com a sensação de muitas coisas pra contar e alguns medos: medo de escrever demais (prolixo), medo de escrever de nenos (desleixado), medo de fazer citações (injusto com os não citados), medo de não terminar de escrever (falta de vergonha na cara), medo de não ter mais leitores (tem alguém aí?!?!?!).

Mas como "medo de cu é rola", vai aí uma série de drops, com alguns dos melhores (e piores) momentos das últimas semanas:

- Fui ao Rio de Janeiro visitar o meu querido Râzi e el maridón, o não menos querido . Meu namorado foi comigo, mas quase fica pra trás. Isso porque eu fui na frente de carona, mas ofereci de pagar a passagem de avião pra ele ir depois do trabalho. E não é que o viado resolve fazer charminho do tipo "será que devo...?".

- A viagem, como sempre, foi ótima, com a recepção toda carinhosa por parte dos meninos. Para uma descrição detalhada, clique aqui. Obrigado, amigos!

- Na semana seguinte, finalmente devolvi ao Foxx uma jaqueta que estava há meses comigo, desde a primeira viagem minha ao Rio este ano, em fevereiro. Bom que rolou uma baladinha no dia e acabei conhecendo algumas pessoas da República dele aqui em BH. Foi uma noite tudo de bom!

- Durante todo este tempo, não deixei de visitar os blogs dos quais sou fã. Só que, acabei me tornando aquele ser repugnante que visita os blogs, mas não deixa nenhum comentário. Sabe, eu detesto esse tipo de gente! Que raiva! Dá nos nervos!! Dá vontade de... ahm... er... bem... isso ta parecendo uma indireta, né? :-P

- Tenho trabalhado até muito tarde quase todos os dias da semana, o que tem prejudicado muito minha freqüência no futebol semanal da minha turma de colégio e na academia também. Mas decidi que não vou mais deixar isso acontecer e agora, custe o que custar, reservo uma hora por noite para malhar nos três dias da semana predeterminados.

- Meu sócio malha comigo, e tenho feito força pra ele fazer o mesmo também. Teve um dia no escritório que, mesmo cheios de tarefas pra terminar, obriguei-o a dar uma pausa para irmos malhar. Ele foi mesmo sem tênis (malhou de sapato!!!), e depois voltamos para o escritório. Ficamos lá até meia noite e meia.

- Tento não ficar muito no MSM, mas quando chego em casa à noite é uma ótima ferramenta pra entrar em contato com alguns amigos e dar uma relaxada. Dentre os blogueiros nunca falta um bom papo com o Râzi, o , o Oz, o Foxx e, mais recentemente, com o Boy Soccer, um rapaz cujo papo é tão cativante quanto o blog dele.

- Pouco mais de um mês depois de uma delicada cirurgia, minha mãe está de viagem.... pra Europa! É a primeira vez que ela sai do Brasil, já septuagenária. Falei com ela algumas vezes esses dias e está adorando. Espero que aproveite bastante (e traga muitos presentes) por afinal ela merece (e eu também, né?).

- Semana passada tive casamento e aniversário no mesmo dia. É uma bosta quando dois eventos importantes, de amigos de turmas diferentes, são marcados para o mesmo dia. Por sorte, um era bem próximo do outro, e acabou que pude fazer presença nos dois. O ponto negativo foi ter bebido em dobro e ter chamado o Juca quando cheguei trêbado e casa.

- Meu gatinho tem feito algumas visitas surpresas aqui em casa. Detalhe que ele tem a chave daqui, e entra e sai na hora que quiser. Será que ele pensa que estou trazendo gente pra casa? Hehehehe! Não sei se é isso, mas sei que aproveito muito bem cada uma dessas visitas!

- E por falar em namoro, ainda não comprei nada pro dia dos namorados. Nem programei nada. Desleixado eu? Seria melhor, "desleixados NÓS!?". Ah, sei lá. Mas que vai ter comemoração, isso vai ter...

- Quero escrever um conto de ficção. Ou de semi-ficção. Ou um conto "baseado em fatos reais". Sei lá. Só sei que um de meus próximos posts será assim. E farei questão de NÃO FALAR em quais das três categorias acima ele se enquadrará.

Tá vendo? Quase um mês sem postar, e até os drops ficam enormes. Não gosto muito disso, pois sou da teoria de que não imporá o tamanho do post, mas sim o número de comentários que ele proporciona...

O quê? Mais uma indireta? Que indireta?? Eu mandei alguma indireta???? Imagina....
(Aliás, pra que serve este link aí embaixo mesmo? Hehehehe!)

quarta-feira, maio 21, 2008

Diálogo


Celular toca nesta quarta-feira, véspera de feriado. É o meu melhor amigo, hetero, que está morando em Brasília. Ele quase sempre liga quando está para vir pra BH, pra gente se encontrar. Mas desta vez foi diferente.

- Fala, Marco!
- Fala, Amigo! Beleza?

- Beleza! Marco, por acaso você vai a São Paulo este final de semana?
- Vou não. Por quê?
- É que eu li na internet hoje que este final de semana tem Parada lá em São Paulo...
- E...?

- ... e eu estou indo pra lá!
- ?!?!?!?!?!?!
- Estou indo pra São paulo. Tenho uma reunião de trabalho segunda-feira de manhã. Então chego na cidade no final de semana.
- Ah, que susto...
- Pensei que talvez você estivesse planejando ir pra lá.
- Infelizmente, não. Mas, já que que você vai estar na cidade, pode dar uma passadinha lá, me representando.

- ... ?!?!?!
- KKKKKKKKKKKKK
- Pode até ser, mas só como simpatizante, ok? Hehehehe.

Nessas horas vejo como é bom quando posso seu "eu mesmo" com as pessoas!

terça-feira, maio 20, 2008

SMS

"Muitissimo obrigado, sinceramente nao sei o que teria feito sem sua ajuda. Voce foi otimo! Fulana"

Foi exatamente desta forma que uma pessoa que me ajuda tanto todos os dias retribuiu a um pequeno favor que lhe fiz hoje (não alterei nem a falta de acentos, típicas das mensagens de SMS, e nem o fato de a Fulana ter escrito "obrigado" ao invés de "obrigada").

Foi coisa boba, que me custou apenas dez minutos de atenção e boa vontade. Dificuldade zero. Mas que pra ela significaram muito!

Impressionante como pequenos atos de atenção podem valer tanto para algumas pessoas. E também como uma singela demonstração de gratidão recompensa de forma tão bacana um gesto desinteressado de ajuda ao próximo.

sexta-feira, maio 16, 2008

Surpresa boa

Esta manhã meu gatinho apareceu de surpresa aqui em casa e me acordou aos beijos. Eu estava morrendo de saudades disso. Foi tão boooooooommmmm....

Minha sexta-feira já começou bem mais feliz!

quinta-feira, maio 08, 2008

Quatro "ex" e um feriadão



Passei a maior parte do último feriado sem a presença do meu namorado. Estivemos juntos apenas entre a noite de sexta e o início da tarde de sábado. Foi ruim porque foi por pouco tempo. Mas foi excelente enquanto durou.

Só que, nos outros dias, acabei não ficando em casa também. Na verdade, acabei saindo um bocado. Nada de segundas ou terceiras intenções, mas é que eu não consigo ficar em casa, parado, sozinho, num final de semana inteiro (principalmente num feriadão!). E também não fiz nada escondido do meu gatinho, que detesta sair à noite. Então ele prefere que eu saia sem ele e me divirta a me ver insatisfeito em casa (ou a ter que sair de noite comigo). Esse assunto rende um post, mas não é sobre isso que quero escrever hoje.

O interessante é que nas minhas saídas neste feriado, acabei por ver/encontrar quatro “ex” meus. Ex-namorado. Ex-rolo. Ex-ficante. Cada um com uma história diferente comigo, e cada um em uma situação bem distinta entre eles na atualidade. Pra facilitar, vou numerar os rapazes pela ordem em que os vi no feriado.

O Ex1 foi meu namorado por seis meses e meio. Combinei de encontrá-lo para vermos um show num festival que rolou na cidade. Ele estava com alguns amigos e com a atual namorada. Isso mesmo: namoradA (original de fábrica, com perereca e tudo). Ô mínimo que tem uma cabeça complicada... Tenho certeza de que ele gosta da menina, de verdade. Mas, por outro lado, várias vezes comentávamos um com o outro sobre os gatinhos que estavam lá no local. Parece que o cara até hoje não sabe direito o que quer da vida (ou até sabe, mas não sabe como lidar com isso direito). Espero que um dia se ajeite, pois do contrário pode se machucar muito e, pior ainda, machucar quem jamais vai entender a situação e deve (com toneladas de razão) se sentir usada e enganada (mesmo que esta não seja a intenção dele).

O Ex2 foi meu “namorido” pro quase dois anos, nos quais moramos juntos. Encontrei-o no dia em que fui encontrar uma turma de amigos dele, que viraram meus amigos também. Sabia que ele estaria no local, mas estranhei a ausência do atual namorado dele. Os olhos vermelhos e a bebedeira do rapaz já denunciavam: tinham terminado naquele mesmo dia, mais cedo. Fiquei com o coração apertado em vê-lo naquela situação (e puto em saber, pelos amigos, alguns detalhes do barraco que foi o “término” deles). É triste ver sofrendo assim uma pessoa de quem você gostou tanto. Mas, como já era de se esperar, fiquei sabendo no dia seguinte que eles estavam conversando e que, invariavelmente, reatariam no mesmo dia. Só espero que a reconciliação tenha compensado todo o estresse da véspera.

O Ex3 eu acabei encontrando, por acaso, no mesmo bar. Ele foi meu “namoradinho” por umas três semanas, sendo que depois ficamos ótimos amigos. Para mim ele é a comprovação da teoria que todo grande galinha é, na verdade, um romântico inveterado, e que o grande número de bocas (e outras partes menos publicáveis) que beija é, na verdade, a busca incansável pelo verdadeiro amor. Pois bem, esse cara, que sempre foi um baita safado e pegador, já está namorando há mais de dois anos um rapaz super gente fina. Mais, está bem quietinho e os dois foram morar juntos há poucos meses. Adoro esse casal!

O Ex4, que também encontrei por acaso, é um cara com quem tive um relacionamento de uns dois meses há bastante tempo. Eu estava no início da minha vivência gay e sei que ele depositava muito fé na nossa história, ficando muito abalado com o término. É um cara de quem gosto muito, mas com quem tenho quase nenhum contato. No início, por afastamento voluntário (dele) que necessitava de distância para se recompor. Depois, por imposição no atual namorado (estão juntos há quatro anos) que, pelo que sei, morre de ciúmes de mim. Pois eu fiz questão de ir cumprimentar os dois, de reclamar do Ex4 (na frente do cara) sobre o sumiço dele e (só de sacanagem) pedi em alto e bom som o número de seu telefone, que eu não tinha mais. Só que ele, por medo do namorado, disse que me passaria depois, por email, ao invés de me falar lá no local. No dia seguinte, me escreveu pedindo desculpas por não ter conversado comigo direito, mas era porque o sujeitinho lá tem especial ciúme de mim (“ele não é assim com todo mundo, mas com você é diferente”). Foda é que o viado não tem coragem de conversar comigo na frente do namorado pra não aumentar o beicinho dele, mas não tem vergonha em beliscar a minha bunda no meio do bar quando o outro olha para outro lado.

É cada uma que me acontece...

terça-feira, abril 29, 2008

Créu Tube

Pra mudar o clima deste blog, um post bem pra cima.

Musicalmente, o CRÉU é um desastre. Mas, cá entre nós, essa musiquinha tem rendido uns vídeos ÓTIMOS no youtube. São esses vídeos de héteros (ou nem tão heteros assim.... Hehehehe!) que ficam exibindo os seus corpões na internet em coreografias pra lá de insinuantes.

E pra quem não conhece as versões mais "elaboradas" da música, eu coloco abaixo um védeo com uma compilação de três variações de CRÉU.



É isso aí, moçada. a gente tem que saber aproveitar o lado bom de tudo nessa vida.

segunda-feira, abril 28, 2008

Agradecimento

Graças a Deus, a cirurgia foi um sucesso e minha mãe está se recuperando bem. Vai ficar um ou dois dias no CTI, em observação, para então ser transferida para o quarto.

Agradeço aqui a todos que se importaram com a notícia e mandaram boas vibrações.

quinta-feira, abril 24, 2008

Pedido

Sabe aquelas pessoas que somem durante um tempão e quando aparecem é pra pedir favor? Pois é! É assim que eu me sinto nesse momento. Como um sujeito que reaparece depois de muito tempo, de forma nada desinteressada.

Mas, calma. O que eu peço é pouco. O negócio é o seguinte: minha mãe vai ser operada na próxima segunda-feira, pela manhã, para desobstrução da carótida, uma artéria importante no pescoço. que leva sangue para irrigação do cérebro.

Ela vai precisar de dez doadores de sangue. Como fica difícil pedir essa ajuda por aqui (até porque a maioria dos leitores desse blog estão longe de BH) deixo apenas a sugestão para que façam isso no local em que residem, ajudando a salvar a vida de quem precise.

Para minha mãe, peço apenas orações e boas vibrações para a cirurgia que, apesar de bem monitorada, envolve sim algum risco. Prometo dar notícias aqui.

Muito obrigado.

segunda-feira, março 17, 2008

Sobre preconceitos e intolerâncias

A garota da foto ao lado é Liad Kantorowicz. Ela é uma israelense de 30 anos que se propôs uma experiência inusitada: vestir-se como palestina durante um mês e tentar levar uma "vida normal" na cidade de Tel Aviv, em Israel.

Hoje li no portal de notícias G1 um relato sobre sua experiência. O texto conta que, apesar de já esperar reações de racismo, Liad ficou chocada com a intensidade delas, narrando alguns desses episódios. (Vale a pena ler a reportagem completa. Para isso, clique aqui.)

Trancrevo abaixo apenas o trecho que, por motivos óbvios, chamou mais a minha atenção

De acordo com Liad, o momento mais doloroso da experiência ocorreu em uma boite gay.

"Dava para cortar o ar de tanta tensão, todos os olhares se voltaram para mim quando entrei na boite, que supostamente deve ser um lugar de tolerância".

Liad diz ter sentido olhares hostis, que claramente diziam que ela não era bem-vinda e dois homens jovens chegaram a agredí-la verbalmente, gritando: "como você ousa usar o símbolo do Islã neste lugar impuro?".

Segundo ela, eram dois gays palestinos, que se faziam passar por israelenses, que quase a agrediram fisicamente.

"Eu os levei para fora (da boite) e expliquei o objetivo da minha experiência. Um deles começou a chorar, acho que o fiz perceber a contradição em que vivia".


É de fazer refletir bastante sobre as contradições e ambigüidades em que grande parte dos "colegas" vivem atualmente. Mas, principalmente, vale para mostrar o quão hipócrita é cobrar dos outros aceitação e tolerância quando boa parte da "classe" se corrói entre intrigas e discriminação contra seus "iguais".

A Liad, meus parabéns!

segunda-feira, março 10, 2008

Algumas formas de violência - post compilado

Inicialmente quero explicar porque o post abaixo desapareceu. Minha intenção era relatar um acontecimento ocorrido há alguns dias com um grande amigo, destacando que apesar do tom ficcional da narrativa, tratava-se de fato real. Entretanto, em respeito a este mesmo amigo (um dos poucos amigos da cidade que têm acesso a este blog) achei melhor alterar meus planos e trazer ao blog a mesma história, agora sem alguns detalhes, mas ainda mantendo o foco no ponto que pretenderia destacar ao final. (O post só não foi completamente apagado também em respeito aos leitores que já haviam comentado.)

Recapitulando, para os que não haviam lido o início da história: recentemente fui acordado no meio da madrugada pelo telefonema de um amigo, dizendo que tinha sido assaltado e que precisava de socorro. Ele tinha acabado de sair de uma “pequena festinha” e, ao caminhar para seu ponto de ônibus, foi abordado por um bandido que lhe assaltou.

A primeira violência que ele sofreu foi exatamente esta: o assalto. Imagino sua sensação de impotência ao ser ameaçado por uma arma, ser levado a um local ermo e ser machucado em troca do celular e da pouca grana que tinha no bolso. Enquanto me contava o acontecido, deu pra perceber nos seus olhos o medo da morte, um risco grande, por tão pouco. Entretanto, quando se pensa em um assalto, este tipo de sensações é algo de se esperar.

Já a segunda violência, esta sim foi inesperada e especialmente frustrante. Ao pedir socorro policial, ele ficou impressionado com o tratamento humilhante que lhe foi dispensado. Uma série de piadinhas, desrespeitos e tentativas de abusos. Imaginem que, dentre outros absurdos, ainda queriam obrigá-lo até a limpar o chão da delegacia enquanto esperava o registro da ocorrência!

Curioso é que as coisas mudaram completamente de figura quando ele mencionou sua formação profissional e questionou aos brutamontes se teria o mesmo tratamento, no dia seguinte, quando procurasse determinadas pessoas num determinado setor da corporação. Ao perceberem que lidavam com um sujeito que já passou uns bons anos no banco de uma faculdade e que tinha os contatos corretos, o tratamento foi outro. Acabaram as piadinhas e as humilhações. Em pouco tempo, meu amigo estava liberado.

De todo o acontecido, me chamou atenção o fato de que, para este meu amigo, mais revoltante que o a violência do assalto foram as humilhações sofridas nas mãos dos policiais e o fato de o tratamento dispensado variar brutalmente por conta da condição que você apresenta. É a constatação prática de que no Brasil há cidadãos de várias categorias, especialmente quando as pessoas se encontram em situação de necessidade extrema.

Enfim, de todo acontecido, restou uma lição, que quero compartilhar com minha meia dúzia de leitores. Numa situação semelhante, à frente de policiais tão despreparados (e até como forma de autodefesa), aqueles que puderem não deverão se intimidar em fazer uso do famigerado “você sabe com quem está falando?” (não necessariamente com estas mesmas palavras).

De fato, esta é uma conclusão triste e desanimadora. Não acho que esse tipo de postura seja legal ou ético. Contudo, se esta for a única maneira de garantir um tratamento digno, não hesitarei em usar este tipo de argumento. Intimamente, posso achar esta uma postura arrogante e prepotente, mas é melhor que agüentar humilhação das pessoas que deveriam de abrigar e defender.

quarta-feira, março 05, 2008

Post apagado

Por motivo de força maior, o texto deste post foi removido. Por favor, leia o post acima para os devidos esclarecimentos.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Oh, vida!

Você sabe como é lutar pra sair da cama de manhã?
Você sabe como é trabalhar em dois lugares ao mesmo tempo?
Você sabe como é cuidar da parte financeira, da agenda e dos prazos do seu escritório?
Você sabe como é ter que terminar um serviço no limite do prazo, trabalhando noite adentro pra poder entregá-lo na manhã seguinte?
Você sabe como é sair de casa de manhã e só voltar depois da meia-noite?
Você sabe como é ter uma família que não quer te cobrar presença, mas vive te convidando pra almoçar aquele prato que você adora (mas nunca pode comparecer)?
Você sabe como é só poder ver i namorado uma vez por semana, entre sexta-feira de noite e sábado de manhã?

No, you don’t know what it’s like,
Welcome to my life!

E olha que eu não estou reclamando...

sábado, fevereiro 16, 2008

Pra não dizer que nao falei de Rio (parte 1)



Tudo bem, eu sei que demorou, mas aqui está o prometido post sobre o Rio de Janeiro. Demorou porque o tempo anda curto e já tenho passado muito dele na frente do computador por conta de meu trabalho. Se bem que, como um quase viciado em computadores, passo boa parte do tempo livre também na frente do monitor. Ainda assim, fiz questão de escrever apenas quando pude reunir disponibilidade e ânimo suficientes para escrever algo à altura dos acontecimentos.

Eu e meu gatinho viajamos de ônibus numa quinta-feira à tarde e chegamos ao Rio à noite. Qual não foi a minha satisfação ao chegar ao prédio do Ricardo e do Leandro e vê-los nos esperando lá embaixo. “Eu achei que vocês fossem maiores!”, disse o abusado do Ricardo, sem nenhuma cerimônia, antes mesmo de subirmos as escadas. Era uma prévia de como seriam os próximos dias, de conversas animadas, brincadeiras, histórias e muitas, mas muitas risadas mesmo.

Foi fácil se sentir em casa na casa dos meninos. Afinal, após tantos papos no msm, já tínhamos tanta intimidade que quase (eu disse, quase!) me sentiria à vontade pra ir ao banheiro de porta aberta, fechar a porta da geladeira com o pé ou dar um pontapé dos gatos que eles ainda não tinham. Já meu gatinho não havia tido quase nenhum contato com eles até aquele dia, mas não tenho dúvidas que o entrosamento foi praticamente imediato. Até porque, mesmo cansados da estrada, tivemos ânimo de render papo até as primeiras horas da madrugada.

Os dias que se passaram foram de pouco sol, mas de muito passeio. Na sexta-feira Ricardo tinha que trabalhar, então Leandro nos levou para Ipanema, onde eu fui o único a encarar (por pouco tempo) a água, que estava gelada e pouco limpa. Ainda assim, não me perdoaria caso não entrasse no mar. À noite, fomos todos a um bar perto lá de casa (olha só a intimidade... “lá de casa”!!!) tomar umas cervejas e compartilhar boas histórias.

Sábado foi dia de passear pelo centro da cidade. Andamos muito pudemos conhecer lugares e construções belíssimos. Fiquei deslumbrado com a suntuosidade do Mosteiro de São Bento. Passamos por construções lindas, como o Teatro Municipal, a Igreja da Candelária, o Real Gabinete Português de Leitura, entre diversos outros. (Fiquei com pena do Leandro, que a toda hora era questionado por n’os sobre cada um prédios bacanas que víamos, e explicada um pouco sobre cada um deles com a maior paciência do mundo.)

Visitamos uma exposição no Instituto Cultural Banco do Brasil sobre a formação do Estado Português e a influência recebida de outras civilizações. Nos aventuramos no bondinho para Santa Teresa, passando pelo caminho sobre os Arcos da Lapa. Visitamos um museu instalado numa construção em ruínas que estava inaugurando naquele dia uma exposição sobre... ruínas! De quebra, entramos numa inesperada recepção da inauguração, com champagne 0800, que apenas serviu para tornar mais impressionante a inebriante vista do local.

Domingo foi dia de passeio de barca, quando tivemos a companhia agradabilíssima de Rogério - um encanto de pessoa. Vimos outros pontos turísticos de uma perspectiva inédita para mim, e nos divertimos muito fazendo palhaçadas no andar de baixo, enquanto a maior parte da turistada ficava no pavimento de cima. Baixou desde São Sebastião até Leonardo Di Caprio na embarcação.

Depois, mais passeio em terra firme: Paço Imperial (pra quem não sabe, Paço significa Palácio, viu, moçada!), Palácio Tiradentes, e uma despedida da praia. Neste dia pude reencontrar de verdade minha amiga de BH que estava no Rio há semanas e quase não dava notícias. Bom, nem nos falamos durante muito tempo de novo, mas ela nos acompanhou até a estação do metrô, que tomaríamos de volta para casa, e contou no caminho um pouco de suas últimas aventuras.

No final das contas, tivemos uma viagem de muitos passeios, papos divertidíssimos e quase nenhuma badalação gay. Na verdade, este era mesmo o objetivo da viagem: conhecer o Rio de Janeiro que eu não havia conhecido nas minhas últimas viagens e que tem muito mais a oferecer que apenas homens deliciosos e sarados (de sunga, na praia, ou descamisados, nas boates). Estes eu já conhecia de outros carnavais – e solteiro. Desta vez, pude conhecer a Cidade Maravilhosa muito além do seu “mundinho G”, mesmo sem termos conseguido visitar alguns de seus pontos mais famosos.

De quebra, fomos recebidos e ciceroneados por duas pessoas fantásticas, inteligentes e divertidas, que não mediram esforços para nos receber bem e nos acolher com todo carinho. Partimos de lá já com saudades e o com uma grande vontade de “quero mais”. Isso sem saber que teríamos mais – e mais cedo do que podíamos imaginar.

(Continua...)
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