Analitics

Mostrando postagens com marcador Amigos heteros. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amigos heteros. Mostrar todas as postagens

sábado, janeiro 26, 2013

Tem sempre alguém de olho (ou de ouvido) por perto


Esta semana, num ambiente de trabalho, encontro com um velho amigo dos tempos de faculdade. Papo vai, papo vem, ele me solta a pergunta:

- Marco, dia tal você estava no Restaurante X, correto?

De fato, eu estive no tal restaurante no dia. É um restaurante muito fino daqui de BH, que eu nunca tinha ido antes. Fomos eu e Personal comemorar quatro anos de relacionamento, e por isso escolhemos um lugar bacana e inédito para nós.

- Sim, estava. Mas como você sabe?
- É que neste dia havia um casal de amigos estava lá, comemorando aniversário de namoro, e ouviu alguém comentar sobre o aniversário da minha esposa, que era no mesmo dia. Ouviu também que a pessoa, que tinha sido minha colega na faculdade, deu parabéns pra ela no Facebook. Bom, dos parabéns que ela recebeu, só vi você lá da faculdade, mas queria confirmar se era você mesmo.

Ou seja, o tal casal, que eu não faço ideia de quem seja, estava de butuca na minha conversa com o Personal,e  ao invés de aproveitar a comemoração própria, ficou xeretando o papo alheio.
Na minha mente vieram alguns pensamentos:

“Ô data pra ter aniversário!”
“Não importa onde você esteja, quando menos se imagina, tem alguém de olho no que você faz, e pronto pra sair contando por aí.”
“Ainda bem que eu estava falando bem da pessoa. Imagina se eu estivesse falando mal!!!”

Essa é uma historinha besta, sobre como as notícias correm à nossa revelia. Sobre fofoca. Sobre falar bem, falar mal, mas não deixar de falar. Essa historinha besta que me deu vontade de vir aqui, dar um alô. Falar que estou bem. Que estou feliz. E que quem é vivo sempre aparece.

Até qualquer dia!

domingo, novembro 06, 2011

Papo de bêbados


- 20 com 20...
- Dá 30!
- Tem a taxa.
- Mas é ida e volta.
- Você num entendeu ainda não???
- KKKKKKKKKKKK




Há tempos não me divertia tanto!

sábado, novembro 27, 2010

Alguns posts que eu ia escrever

Sobre minha tentativa de usar barba, que perdura até hoje.


 Sobre a viagem a São Paulo, para a Fórmula 1, na casa do Ricardo e do Lê.


Sobre a visita do meu amigo de Brasília a BH.


Sobre problemas de saúde na minha família.


Sobre minha semana de férias em um trabalho pra ficar o tempo inteiro no outro.


Sobre a minha última avaliação física.


Sobre o branquinho gostoso da academia (que eu jurava que era HT) na boate gay.


Sobre as últimas notícias de homofobia no Brasil.


Bem, esse último post ainda não desisti de escrever, pela importância do tema. Os demais eu acho que não rola mais. A não ser que haja algum pedido sobre algum deles nos comentários.

sábado, outubro 16, 2010

Mudança de visual (e de ares)


Sábado passado cortei meu cabelo curto, depois de mais de ano deixando crescer. Já estava cansado da trabalheira que ele dava. Mesmo com produtos caros, tratamentos, etc., eu me dei conta de que não valia mais a pena.


É complicado contrariar o DNA. Custa tempo. Custa dinheiro. Custa paciência. Era véspera da viagem ao Rio, e já queria outro visual. Ficou muito, mas muito melhor mesmo.


O cabelo curto fez sucesso com todas as mulheres dos meus dois trabalhos. Chefes e subordinadas. Até meu sócio comemorou a mudança. Rejuvenesci pelo menos uns cinco anos. Voltei a ter cara de menino. Isso é bom! :-D


Eu e Personal chegamos ao Rio no domingo de manhã. Já na saída do aeroporto vimos um pessoal se dirigindo para o Circuito das Estações da Adidas, cuja corrida se iniciaria em pouco mais de meia hora, pertinho do nosso hotel. Se soubesse do evento, iria me inscrever pra participar. Pena.

Encontramos um casal de amigos baianos que já estava no hotel desde a véspera, nossos companheiros de viagem. Os dias foram quase sempre nublados, com alguma chuva em alguns momentos. Ainda assim valeu a pena. Encontramos amigos da turma de Fórmula Um, que saíram da cidade vizinha em que moram só pra nos ver. Meu primeiro ex (e atual grande amigo) estava na cidade, mas não consegui vê-lo. Râzi, outro grande amigo, também estava na cidade, e também não nos encontramos.


Quem eu consegui ver foi o Autor, segunda na Noite Preta. Mas ele estava mais pra lá que pra cá. Ele cumprimentou Personal, não entendeu o nome do primeiro amigo baiano e reclamou do nome do segundo amigo baiano, pois era seu xará. Estava com uma menina linda, que conheceu na fila, e por pouco quase ficou parecendo hetero :-P

De saídas, além da Noite Preta na segunda, teve também Le Boy no domingo. Mega fila pra entrar. Go-go Boys que não dançavam nada e faziam cara feia quando fui bater uma foto deles. Fiquei de cara com isso! Bom, um deles dançava de toalha (e apenas de toalha) numa estrutura sobre o bar. Apontei a câmera, ele fechou a cara e ficou de costas. Só de sacanagem, enfiei a câmera por baixo da toalha e registrei aquilo que ele escondia debaixo dela. Longe de ser grandes coisas...



Foi uma viagem curta, sem sol e praia, mas com uma boa dose de mudança de ares, pra renovar energias e tirar um pouco do estresse do dia-a dia. No próximo mês, o pit stop é em São Paulo.

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Carnaval 2010

Com um certo atraso, venho registrar que esse foi mais um ano de Carnaval no Rio de Janeiro. Viagem com Personal (o namorado, não o papel higiênico). E pra que acha que viajar no carnaval com namorado significa procurar motivo pra briga, eu respondo: só se a pessoa estiver a fim de arrumar confusão. Com a gente, foi só alegria!

Tudo teve que ser resolvido na última hora. Passagens? Só de ônibus, no sábado. Hospedagem? Todos os lugares lotados ou custavam os olhos da cara (alguns cobravam o do cu também). Então a saída com melhor custo-benefício foi a hospedagem no Hotel Fênix, um motel no centro, bem perto da Presidente Vargas, e bastante próximo da Sapucaí. Próximo do metrô (que agora vai até Ipanema), num quarto amplo, com ar, hidro e sauna, por R$ 160,00 a diária do casal.

Foram vários dias de sol, praia, cerveja, amigos para encontrar e gente bonita pra ser vista. Encontramos com meus queridos amigos Razi e Lê, cariocas da gema "exilados" em São Paulo. Encontramos parte da turminha GLS de BH fritando na praia ou se jogando na Farme. Encontramos um amigo que mora em Guapi, que tinha conseguido nos ver no fim de ano. Encontramos com o pessoal HT da minha turma de colégio, com quem passamos o Reveillon. No último dia (quinta-feira) ainda conheci um amigo de Personal que mora no Rio, para um city tour sob fina garoa. à noite, foi a vez de conhecer o Autor, do "Confissões a Esmo" (que nas primeiras vezes que li, achei que se chamava "Confissões Emo" huahuaauahha!).

Vimos muitos carros alegóricos perto do hotel, mas não entramos na Sapucaí. Passamos aperto no metrô e andamos horrores atrás de amigos e de blocos. Destaques pra Banda de Ipanema, Simpatia é Quase Amor, e Bloco Virtual, todos acompanhados de Ipanema, regados a latões de Antactica (patrocinadora oficial, vendida por todos os ambulantes), de Skol (que tomava o lugar da Antarctica sempre que achávamos) e até de Itaipada (só no dia que apareceram vendendo latinha por um real!!!!!). Rachamos de rir das fantasias, da irreverência, da falta de noção de algumas pessoas.

Legais os novos "banheiros holandeses" espalhados pelas ruas, que no mesmo espaço de um banheiro químico comum é capaz de abrigar quatro pessoas simultaneamente. Isso porque havia a orientação da polícia de prender quem fosse apanhado mijando na rua. Pra quem viajou a fim de pegação, ponto negativo. Mas acho que mesmo as bichas mais fervidas devem ter reparado que a grande redução do cheiro de urina nas ruas valeu (até porque, quem quisesse ver pinto, saberia muito bem onde achar fora das ruas). Nota 10 pra cidade nesse quesito!

E, como não poderia deixar de registrar, eita cidade cheia de homem gostoso! Tive a nítida impressão que tem algo no DNA carioca que os impede de ter barriga. Vários corpos se exibindo sob o sol, sendo que alguns obviamente estavam na pista pra negócio, e não pra diversão. No meu namoro, temos a liberdade de olhar e mostrar um para o outro as coisas belas que passavam na nossa frente. Afinal, seria muita hipocrisia um fingir pro outro que não reparou quando aquele grandalhão sarado, 1,95 m, sem camisa, fantasiado de Rambo passou na nossa frente.

Voltamos na sexta, pela manhã, aproveitando uma ótima tarifa da Webjet, que desta vez teve a dignidade de servir pelo menos uma goiabinha de lanche no voo. Ótimos dias, meio que "fora da realidade", necessários para descansar a cabeça e recarregar as baterias.

Feliz ano novo!

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Ano velho e novos convites



Hoje é o último dia de trabalho "pela metade". Amanhã voltamos à nossa programação normal, com prazos correndo e equipe quase completa. Como não tive folga no final de ano (tirando a viagem de reveillon) minhas férias do ano passado só vão começar pra lá da metade de janeiro. Por isso, nesse ponto, me sinto ainda num rabicho de 2009.

Hoje um amigo hetero que estava no reveillon me ligou pra me chamar para seu aniversário, e fez questão de estender o convite ao meu namorado (bom, ele não usou esta palavra, mas o convidou pelo nome mais de uma vez). Em tempos atrás, eu iria sozinho, muitas vezes o deixando à minha espera em casa.

Aliás, dias atrás, minha irmã também já me chamou (pela enésima vez) pra passar um final de semana na casa que ela aluga na Serra do Cipó. Só que dessa vez também estendeu o convite ao namorado (bom, ela não usou esta palavra, mas algo me diz que ela já desconfia...). E olha que ela o conhece há cerca de um mês apenas.

E 2010 começa com a filosofia de escrever pouco, para escrever sempre.

Tempos de mudanças.

terça-feira, janeiro 05, 2010

Vida nova



A gente fica mesmo mais animado depois de quatro dias de "férias". Depois de um final de ano praticamente infernal, com acúmulo de trabalho, baixa no rendimento e alta no estresse, o ano novo veio realmente com cara de "vida nova".

Quase quatro dias. Quase sempre com sol. Quase todos os meus amigos de colégio. E o namorado à tiracolo, quase sempre ao meu lado. E quem quase não sabia, ou quase desconfiava, deve ter passado da quase certeza, mas quase ninguém tocou no assundo. A excessão foi uma garota que eu não conhecia, que eu até agora não tenho certeza de que seja hetero. Quer virar amiga, mas me adicionar no orkut me chamando de "gata" não ajuda muito...

Por pouco não fui ao reveillon/final de semana pois meus amigos todos estariam "de casal", mas incentivado pela organizadora do evento, levei meu casal para lá, e vivi dias fantásticos, tanto pelo carinho explícito quanto pela aceitação velada, mas igualmente evidente.

Assim começa 2010, com ares de revelação conquista de novos limites, não mais em conta-gotas, mas por atacado. A próxima fronteira e o grande tabu: família. Os primeiros sinais já foram enviados e, logo, aguardo as primeiras respostas.

Sou grande demais pra me esconder neste armário indefinidamente.

terça-feira, outubro 06, 2009

Dando as caras de novo


"Por que você não escreve lá no seu blog sobre o dia em que fomos pra boate de mulher pelada?", me perguntou meu sócio há menos de uma semana. "Porque deve ter uns dois meses que não escrevo nada lá." respondi, na lata.

Foi quando me dei conta de quanto tempo eu me mantive afastado deste espaço. De quantas coisas importantes aconteceram neste tempo, que eu não registrei aqui. De como grande parte das pessoas que eu costumava seguir também pararam de escrever. Será fase? Será que a onda de blogs foi superada? Só o Twitter anda "bombando" por agora?

Bom, posso responder por mim. Blog pra mim é mais que pura onda. Comecei nesta brincadeira há mais de cinco anos e, mais até por deferência à importância que o blog um dia teve na minha vida, não pretendo deixar a coisa acabar assim, do nada. Mas o tempo pra postar é cada dia mais escasso. A vontade de escrever também. Novidades há, sim. Então vou colocar aqui algumas coisas, sem pretensão de me lembrar de tudo.

- Estou namorando. Aliás, já estava namorando há algum tempo, mas hoje vejo que não havia escrito aqui. Uma história que começou devagar, e aos poucos foi tomando espaço e envolvimento que não imaginava inicialmente. Isso só reforça minha percepção que, mutas vezes, as coisas não planejadas são as que acabam dando certo mesmo.

- Na contramão do parágrafo acima, vi vários casais de amigos se desfazerem nos últimos meses. Aliás, tem um ex meu que está se revelando uma piranha de marca maior! Ainda bem que no meu tempo ele era bem diferente (eu acho...).

- Toda minha turma de faculdade já sabe que sou gay. A notícia se espalhou entre casamentos de colegas e já virou domínio público. Ainda não tive nenhum encontro com eles desde então. Quero ver como vai ser, se alguma coisa vai mudar, etc. Acho que nessas horas é que se revelarão quem são os verdadeiros amigos.

- Pra manter a tradição, vou este ano mais uma vez para a Fórmula 1 em São Paulo. Desta vez, ficarei em casa dos meus queridos amigos Razi e Lê, e o meu namorado vai junto também. De início, ele iria só pra cidade. Esta semana comprou ingresso pro treino de sábado... mas vai pra um setor diferente do meu! Ah, nem comento do Razi, que ganhou ingresso e vai na sexta também... e também em outro setor!!!!! Aff...

- Mudei de academia, por influência do namorado, que atua na área. Esta nova fica no meio do caminho entre a minha pós-graduação e o meu apê, funcionando até meia noite. Os tempos atuais são de treinos noturnos (não raro, entre 22 e 23 horas) e algumas aulas coletivas, pra não deixar a barriga fora de controle.

- Dei um grande passo para terminar de pagar meu apartamento. na verdade, o plano é trocar o financiamento da Caixa por um consórcio imobiliário (da Caixa também), que tem praticamente o mesmo custo mensal, mas é quitado em metade do tempo. É aquela história de trocar uma dívida mais cara por outra mais barata.

- Obtivemos no escritório uma importante vitória e, pra comemorar, fomos eu e meu sócio pra uma boate de mulher pelada, cujo nível é mais ou menos o mesmo daquela do anúncio acima. Mas isso é caso para um post exclusivo, que espero escreveu um dia desses...

quinta-feira, maio 07, 2009

Casamento do meu melhor amigo (ou fragmentos de uma mente alcoolizada)


Sábado passado foi o casamento do meu melhor amigo.

Pensei em escrever um grande post sobre isso. Afinal, ele é a única pessoa que transpassa por quase todos os meus vários universos. Lá na festa estavam minha família, meus amigos de infância, meus amigos de faculdade, dentre diversas outras pessoas amigas, conhecidas, etc., que fazem parte de minha história. Em nenhum outro evento conseguiria reunir tanta gente de círculos diferente de amizade quanto neste. Mais uma vez, emergiram sentimentos que se mostram comuns em "N" outros casamentos em que estive presente, talvez com mais intensidade.

Até por isso, e pelo tempo decorrido, provavelmente ste poderia acabar sendo mais um dos 'trocentos posts que eu coloco em mente, mas acabo não postando. Muitas boas idéias que se perdem pelo cansaço, pela preguiça, etc. Uma pena, mas não vou detalhar mais nada aqui.

Destaco apenas o essencial, a percepção de como verdadeiras amizades não se corroem com o tempo, ou a distância, ou até mesmo com atitudes ásperas. A semana foi rica em exemplos desta natureza. Diferentes situações. Diferentes tensões. De comum, a sensação de que relacionamentos estavam sendo colocados "em prova", ou algo parceido.

Olha, umas long necks me ajudaram a escrever isto esta noite. Mas desde o final da tarde percebi que, em tempos de raras palavras, são sempre as mesmas poucas pessoas que me inspiram e instigam a escrever aqui.

segunda-feira, abril 27, 2009

Tá explicado!


Domingo, 26 de abril de 2009. Onze da manhã, pouco tempo depois do término do GP da Bahrein de Fórmula 1. Telefone toca. No visor, aparece o nome do meu melhor amigo, que mora em Brasília, e que se casará no próximo final de semana.

- Marco, tenho ceteza que voce estava vendo a Fórmula 1, certo?
- Sim, você sabe que não perco uma corrida.
- Pois é. Eu vi também. E agora entendi porque tive tanto problema pra minha lua de mel.
- Como assim?!?!
- Entendi porque quase não tem vaga nos hotéis em Barcelona.
- ...
- E as poucas vagas estão muito caras. Vou pra lá na semana do Grande Prêmio.
- Bom, eu já tinha te chamado pra ver a corrida em São Paulo no final do ano. Mas pode ver a de barcelona também...
- É verdade. Se bobear, vou ver lá sim!


Gente fina é outra coisa, né?

sábado, março 14, 2009

Atualizando

Caramba, tanto tempo sem postar... Várias vezes pensei em sentar na frente do computador e escrever, mas a falta de história, ou de tempo, ou de ânimo (ou mais de maus de um desses fatores simultaneamente) me levaram a deixar passar tanto tempo. Mas com o acúmulo de coisas para postas, mesmo que seja simplesmente para citar, segue uma edição especial de atualização dos acontecimentos das últimas semanas.

Passei o Carnaval no Rio de Janeiro, mais uma vez hospedado generosa e carinhosamente na casa de Râzi e Lê. Pra mim foi como uma despedida daquele espaço, já que em breve o Casal 20 mudará de ares. Revi minha afilhada linda, fina e esperta, desta vez já adaptada à conviência com os irmãos mais velhos. Peguei sol, pulei carnaval, comprei sunga nova e encontrei metade do mundinho gay de BH na Praia de Ipanema (e imediações). Ah, e trabalhei também! Afinal, pra poder emendar a semana toda até o final de semana seguinte ao Carnaval, tive que passar alguns dias de sol na frente do computador, mesmo longe (fisicamente) do escritório.

De volta a BH, enfim a sensação de que o ano realmente começa após a folia. Tive uma segunda-feira monstro após dormir pouco na chegada a BH. Tive também a confirmação da minha entrada na pós-graduação, que começará na próxima segunda-feira, e acarretará uma série de mudanças na minha rotina. Dentre elas, mudança na minha academia, e certamente de horário para malhar.

No plano familiar, meu pai passou por um procedimento cirúrgico leve, mas ainda está se recuperando. Ontem foi niver da minha mãe. Tenho mantido a média de uma visita à casa deles por semana, normalmente nos findis. Além de aparições esporádicas. Graças a Deus, as coisas por lá parecem estar bastante tranquilas.

Falando em niver, há uma semana fui ao aniversário de um amigo meu “das antigas”. Todos se surpreenderam com minha presença, pois afinal meu contato com a turma fou quase nulo nos últimos anos. Sentia muita falta deles, e uma certa culpa por meu afastamento “voluntário”, que se mostrou necessário quando comecei a “viver minha nova vida”. E como pode ser, ao mesmo tempo, gratificante e frustrante quando uma pessoa muito querida vira pra você e diz, na lata: “você sabe que durante muito tempo você foi meu melhor amigo, né?”!!!

Financeiramente, o ano começou complicado. Alguns clientes simplesmente estão dando o cano no escritório. Crise? Não sei ao certo, mas meu ramo de atividades é conhecido pela instabilidade. E a maré atual não está das melhores. Some-se a isso que hoje tivemos que dispensar um estagiário nosso, pois soubemos que ele acabou levando um plano de ação que tinha nos apresentado para outro profissional, sem nem nos consultar antes. Bom, se ele já estava com vontade de se aventurar sozinho no mercado, simplesmente adiantamos seu planejamento. Mas a sensação de facada nas costas é bastante ruim.

No plano sentimental, diria estar em verdadeiro compasso de espera. Desde o término do meu namoro fixei a disposição de não iniciar nenhum compromisso sério pelo menos até o Carnaval. Bem, o Carnaval passou, alguns de meus planos simplesmente não se concretizaram. Parece que vou esticar essa meta até a Semana Santa, ou até o feriado de Tiradentes. Mas não posso garantir nada, pois o tempo passa e a vida sempre acaba por nos apontar caminhos e nos exigir muitas escolhas.

Por fim quero agradecer aos leitores do blog que não deixaram de visitar este espaço, mesmo em tempos de poucas palavras. Em especial àqueles que (recentemente, ou já há algum tempo) concederam uns selos bem bacanas.


Selo Dardos – concedido por Anjinho Carioca, Os Menino do Blog e J.M..

Selo Agasalho para Alma– concedido por Paulo Braccini.

Quebrando as regras destes selos, não vou indicar ninguém para recebe-los. Especialmente porque praticamente todos os blogs que pensei em indicar já receberam a honraria.

Bom, agora é só passar um pano úmido pra tirar a poeira e tentar inicial uma manutenção regular no espaço aqui.

Feliz ano novo!

sexta-feira, novembro 07, 2008

Pagando promessa

Ai, eu e minha boca grande… Ou melhor, eu e meus dedos grandes sobre este teclado! Quem mandou prometer post? Agora güenta e escreve, né?


Quem já acompanha este blog há mais tempo sabe que trabalho em dois locais: num serviço público e num negócio próprio. Pois há uns 15 dias resolvi tirar quatro semanas de férias prêmio no serviço público. O objetivo: poder dedicar-me em tempo integral para o negócio próprio, inclusive colocando algumas pendências em dia.

Acontece que, ao contrário do esperado, não está “sobrando” tanto tempo quanto eu imaginava. Ou melhor, tempo até existe, mas a produtividade não permaneceu a mesma. Ou seja, estou gastando mais tempo pra fazer só um pouco mais do que fazia antes. Claro, com mais calma, sem tanto estresse, dormindo até um pouco mais tarde, etc. Só que já percebi que, no final das contas, vou acabar não fazendo metade de tudo que havia planejado.

Confesso que meu maior dilema profissional no momento é decidir quando vou (ou simplesmente tomar coragem para) deixar este serviço público para me dedicar exclusivamente ao negócio próprio. Estes dias têm de servido de experiência sobre como seria uma nova rotina, menos corrida, e admito estar gostando bem mais da vida assim. Por outro lado, abrir mão de um bom salário garantido todo início de mês também não é fácil, especialmente pra um cara que mora sozinho e tem que arcar com todas as contas, inclusive com o financiamento do próprio apê.

Mas graças a Deus nem tudo é trabalho, e no final de semana passado fui a São Paulo ver o GP Brasil de Fórmula 1. Já virou tradição, todo ano vou. É um pequeno luxo que me permito todos os anos e do qual nunca me arrependi. A corrida foi extremamente emocionante, especialmente no seu final. Pena que o título do Massa escapou por pouco, MUITO POUCO!

Viajei com dois amigos heteros, o que impediu, por exemplo, que eu fosse conhecer a The Week no sábado. Mesmo assim, ainda pude sair, beber e me divertir na noite paulistana. Quem eu queria que estivesse ao meu lado infelizmente não pôde comparecer. De qualquer maneira, fui presenteado com um telefonema às três e meia da manhã de domingo, de um garoto de ouro dizendo estar pensando em mim naquele momento. Foi o suficiente pra eu agradecer a Deus por estar tranqüilo numa boate HT naquela hora, e não “me jogando” feito louco pela paulicéia desvairada.

Por falar em planos, tinha imaginado tirar a última semana dessas minhas “férias” para mim mesmo, deixando o escritório de lado neste período. Mas como deixei as coisas passarem e muito do que havia imaginado não se concretizou por si só, devo acabar ficando por BH o tempo todo. O que não vai ser uma alternativa muito ruim, pois acabei gastando horrores na viagem a São Paulo e preciso dar uma maneirada na grana.

Afinal, mês que vem vou ao Rio ver o show da Madonna, então já é mais uma viagem pra consumir uns bons trocados, mas também pra render boas lembranças, espero eu. Até lá, logo volto pra minha antiga rotina, na qual entre “time goes by so slowly” e “we only got 4 minutes to save the world”, estou mais pra segunda situação.

quinta-feira, setembro 25, 2008

O "meio" e o ambiente


"Você freqüenta o meio?"

Lembro-me do meu início na vida gay, quando eu sequer tinha certeza do que gostava ou deixava de gostar, mas dispunha-me a experimentar o contato íntimo com outros homens. Nas conversas em chats na internet, ou no msm, a indagação sobre o "meio", muito comum entre os iniciantes e os enrustidos (e no meu caso eu era ambos), aparecia tanto quanto o famigerado "Você é A ou P?".

Durante muito tempo, relutei em ir a lugares gays, especialmente por medo de ser reconhecido. Também a atmosfera de alguns deles, muito sombria e erotizada, não me trazia uma energia boa. Questionava-me por que tais lugares tinham que ser, ao mesmo tempo, locais para esconder o rosto das pessoas "lá de fora" e pra expor o corpo pras pessoas "lá de dentro". Por essas e outras, muitas pessoas valorizam os que não "freqüentam o meio" quase tanto quanto aquelas que são "discretos" e "não afeminados". No fundo, parece que o contato com outros gays ganha um aspecto "contagioso", que a afetação é transmitida pelo toque, ou pelo ar, ou que homossexuais são classificados pelos seus próprios pares em categorias que chamaria de, digamos... "graus de viadagem".

Minha introdução no "meio" se deu de forma lenta, gradual e irreversível. Aos poucos, fui conhecendo lugares novos. Percebi que só se embrenha na escuridão e na promiscuidade quem deseja. Identifiquei locais bacanas, abertos, iluminados, cheios de saúde e vida. Principalmente, vi-me em alguns ambientes em que me senti à vontade, podendo ver e ser visto sem medo de qualquer represália. Isso tudo sem me agredir, sem mudar meu jeito de ser, agir ou pensar.

Acontece que, nas últimas semanas, até mesmo pelo recente final de meu namoro, acabei por um movimento "natural" restabelecendo contatos com amigos "das antigas", dos tempos de colégio e faculdade. Coincidiu ainda de, em dois finais de semanas seguidos, eu comparecer a três casamentos e um churrasco, todos com turmas de amigos heteros, que não sabem (e nem se mostram interessados em saber) sobre minha sexualidade.

No entanto, impossível não registrar que ao lado da alegria dos reencontros com várias pessoas queridas, com as quais meu contato havia rareado, estes eventos também me trouxeram momentos de um certo incômodo.

Era chato ser o único desacompanhado no meio de vários casais.
Era chato perceber que eu fui um dos únicos que recebeu apenas um "convitinho" pra festa, ao invés de dois.
Era chato ver que, ao final da noite, os poucos solteiros sempre tratavam de abordar e mulheres do local, quase sempre com sucesso (ah, no meu tempo de hetero as mulheres nunca davam esse mole todo!).
Era chato perceber que as mulheres no local não me interessavam, e que mesmo pelos próprios homens eu não me empolgava.
Era chato me sentir quase um ser assexuado.

Nestas situações, por mais que me encontrasse entre amigos, e por mais que percebesse que não havia qualquer pressão ou expectativa sobre minha pessoa, era fato que eu me sentia "sem ambiente". Tal como uma pessoa que se sente incomodada quando não tem o hábito de usar gravata e é obrigada a vestir num evento especial. Ou uma pessoa que coloca um sapato novo e caminha a tarde inteira com o calçado apertando o calcanhar. Só que meu incômodo era na alma. De alguma forma me sentia tolhido em parte importante da minha integridade. Não consegui agir em plena liberdade.

Por essas e outras que após um dos casamentos não hesitei em sair no final da festa e ir diretamente para uma boate gay daqui da cidade. Lá, mesmo estando sozinho, me senti liberto de minhas próprias amarras. E a sensação de liberdade da alma que vivenciei me mostrou que, mesmo com todas as ressalvas que eu ainda pudesse ter ao "meio", certamente aquele era muito mais o meu ambiente.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Sufoco


Queria escrever um post sobre Tutu, meu último namorado estive junto por um ano e meio, sendo que o namoro terminou há quase um mês, dando origem ao post abaixo. A idéia era escrever sobre como ele é um cara bacana, animado, bonito, e também como mesmo tendo um jeitão todo de criança, agiu de forma extremamente madura quando de nosso término. Só pra registro, eu terminei o namoro só que, no final da nossa conversa, era ele que me consolava!

Comecei a escrever o post, mas não consegui terminar. No início, parava pra conter algumas lágrimas. Depois o tempo foi passando e me vi absorvido por várias outras tarefas. Quando dei por mim, já tinha perdido o timing daquilo que seria uma homenagem e ao mesmo tempo um registro de despedida.

Também por isso acabei não escrevendo sobre o final de semana que passei no Rio, na casa do Râzi e do , que foram (como sempre) uns amores, e escreveram sobre a visita na época. Então deixo os links dos relatos aqui e aqui, sorrateiramente surrupiando os seus textos e agradecendo novamente todo o carinho recebido.

No entanto, devo registrar que as últimas semanas foram de bastante sufoco, em vários aspectos. Alguns dos visitantes deste espaço sabem que trabalho em dois locais: um negócio próprio e um serviço público. Pois exatamente nesta época houve uma espécie de auditoria no meu serviço público (na verdade, a primeira de três que acontecerão no intervalo de pouco mais de um mês).

Os dias que antecederam a data desta “auditoria” (que ocorreu no último dia 09 de novembro) foram de bastante tensão, até porque toda uma documentação que deveria providenciar simplesmente dependia do envio de outros setores sobre os quais eu não tinha controle. E depender dos outros em casos assim é uma merda!

Bom, não devo negar que boa parte na “culpa” foi minha, uma vez que deixei algumas providências para a última hora e não tomei as devidas cautelas para o caso. Mas foi a primeira vez que fiquei responsável por isso em anos de trabalho no setor. Faltou experiência, vivência, uma certa maldade até.

No final, tudo deu certo. Por pouco, mas deu. Fomos até elogiados pelos “visitantes”. Naquela terça-feira, por este e por outros motivos, fui tomado por uma sensação de alívio pelos resultados obtidos, mas também saí com a sensação de alerta para que nunca mais me colocasse vulnerável novamente.

Desde então os dias têm se seguido, ainda com muito trabalho, mas sem a “faca no pescoço”, até porque muitas das providências já tomadas servirão para as duas próximas auditorias marcadas para breve. O negócio é que, nos finais de semana, ao invés de aproveitar para descansar dos dias corridos, acabei dando minhas voltas pela night belorizontina.

No último final de semana, por exemplo, tive dois casamentos de amigos de faculdade (sábado e domingo). No próximo sábado, tenho programado outro casamento, de amigo do trabalho (no qual serei padrinho!) e ainda um churrasco de despedida de um amigo da turma de colégio.

E nesse momento reparo que, como em outras oportunidades, o final de um namoro me leva a retomar contatos com amigos “das antigas”, dos quais eu invariável e involuntariamente me afasto quando estou com alguém. Enfim, estou me readaptando à vida “de solteiro”, sem saber quanto tempo levarei até encontrar um novo ponto de equilíbrio.

quarta-feira, maio 21, 2008

Diálogo


Celular toca nesta quarta-feira, véspera de feriado. É o meu melhor amigo, hetero, que está morando em Brasília. Ele quase sempre liga quando está para vir pra BH, pra gente se encontrar. Mas desta vez foi diferente.

- Fala, Marco!
- Fala, Amigo! Beleza?

- Beleza! Marco, por acaso você vai a São Paulo este final de semana?
- Vou não. Por quê?
- É que eu li na internet hoje que este final de semana tem Parada lá em São Paulo...
- E...?

- ... e eu estou indo pra lá!
- ?!?!?!?!?!?!
- Estou indo pra São paulo. Tenho uma reunião de trabalho segunda-feira de manhã. Então chego na cidade no final de semana.
- Ah, que susto...
- Pensei que talvez você estivesse planejando ir pra lá.
- Infelizmente, não. Mas, já que que você vai estar na cidade, pode dar uma passadinha lá, me representando.

- ... ?!?!?!
- KKKKKKKKKKKKK
- Pode até ser, mas só como simpatizante, ok? Hehehehe.

Nessas horas vejo como é bom quando posso seu "eu mesmo" com as pessoas!

domingo, abril 15, 2007

Uma noite com meu amigo hetero

Sexta-feira meu amigo de Brasília esteve em BH e me chamou pra tomar uma cerveja e colocar o papo em dia, afinal ele não aparecia aqui há quatro meses. Foi um encontro bacana, falamos sobre muitas coisas, família, trabalho, planos futuros, relacionamentos.

Percebo que ele realmente faz um certo esforço para compreender de verdade a minha “nova vida”. Pergunta sobre namorados e coisas assim. Disse-me que agora virei seu consultor para “esses assuntos” e me perguntou minha opinião sobre alguns amigos das antigas – se ele são gays ou não.

Mostrou-se meio inconformado sobre o caso de um colega nosso de faculdade que namora uma garota há anos, mas que ele tem fortes suspeitas de que seja homossexual. (Bem, eu, além de fortes suspeitas, tenho informações confiáveis de que ele, pelo menos, já experimentou o babado.) Tive que explicar uma série de coisas sobre fases da aceitação própria para mostrar-lhe que nosso colega pode não estar sendo tão canalha assim, mas talvez ele tenha tesão por homens mas, ainda assim, goste de verdade da garota. Ou seja, talvez ele nem saiba direito o que quer da vida... (Aliás, conheço alguns outros casos assim. Este é um assunto que merece um post inteiro só sobre o tema!)

A cada nova informação recebida, ele se mostrava um pouco mais surpreso sobre com o mundo gay está tão próximo da vida “normal” mas pouca gente se dá conta. Mas, mais impactante que qualquer lição teórica foi uma (não planejada) lição prática!

Depois de umas biritas fomos pegar uma amiga pra sair pra dançar. Rodamos, rodamos, rodamos, e paramos... numa boate gay! Um tipo de local que ele nunca tinha ido e que também não tinha se programado para conhecer naquela noite. Tá certo que o fato de ele estar “protegido” pela nossa amiga (hetero também) facilitou as coisas, mas ele realmente ficou “de cara” com algumas cenas que viu. Compreendo muito bem, pois até eu, que sou gay, me assutei quando entrei pela primeira vez num lugar em que casais de dois homens ou duas mulheres são a regra, e não a exceção. (Melhor nem mencionar as variações possíveis de trios, né???)

Para os que nutriram uma certa expectativa (especialmente por conta do título do post), lá vem o balde de água fria: ele não ficou com nenhum cara não, viu? Muito menos comigo! Só pra lembrar, o cara é hetero, ok? Sorry, guys! Hehehe!

No final das contas, foi uma baladinha muito legal, na qual pudemos reforçar uma relação de amizade que o tempo e a distância não abalam. Se os amigos são os irmãos que a gente escolhe, este cara é como se fosse um siamês para mim.
Related Posts with Thumbnails