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sábado, janeiro 26, 2013

Tem sempre alguém de olho (ou de ouvido) por perto


Esta semana, num ambiente de trabalho, encontro com um velho amigo dos tempos de faculdade. Papo vai, papo vem, ele me solta a pergunta:

- Marco, dia tal você estava no Restaurante X, correto?

De fato, eu estive no tal restaurante no dia. É um restaurante muito fino daqui de BH, que eu nunca tinha ido antes. Fomos eu e Personal comemorar quatro anos de relacionamento, e por isso escolhemos um lugar bacana e inédito para nós.

- Sim, estava. Mas como você sabe?
- É que neste dia havia um casal de amigos estava lá, comemorando aniversário de namoro, e ouviu alguém comentar sobre o aniversário da minha esposa, que era no mesmo dia. Ouviu também que a pessoa, que tinha sido minha colega na faculdade, deu parabéns pra ela no Facebook. Bom, dos parabéns que ela recebeu, só vi você lá da faculdade, mas queria confirmar se era você mesmo.

Ou seja, o tal casal, que eu não faço ideia de quem seja, estava de butuca na minha conversa com o Personal,e  ao invés de aproveitar a comemoração própria, ficou xeretando o papo alheio.
Na minha mente vieram alguns pensamentos:

“Ô data pra ter aniversário!”
“Não importa onde você esteja, quando menos se imagina, tem alguém de olho no que você faz, e pronto pra sair contando por aí.”
“Ainda bem que eu estava falando bem da pessoa. Imagina se eu estivesse falando mal!!!”

Essa é uma historinha besta, sobre como as notícias correm à nossa revelia. Sobre fofoca. Sobre falar bem, falar mal, mas não deixar de falar. Essa historinha besta que me deu vontade de vir aqui, dar um alô. Falar que estou bem. Que estou feliz. E que quem é vivo sempre aparece.

Até qualquer dia!

domingo, novembro 06, 2011

Papo de bêbados


- 20 com 20...
- Dá 30!
- Tem a taxa.
- Mas é ida e volta.
- Você num entendeu ainda não???
- KKKKKKKKKKKK




Há tempos não me divertia tanto!

quarta-feira, junho 23, 2010

Compras

Às vésperas do Dia nos Namorados, estava eu rodando em um shopping aqui de BH, para comprara o presente de Personal. Havia decidido dar uma cueca bacana e um par de óculos escuros.



Pra comprar a cueca, foi tranquilo. O negócio é que os vendedores atendiam como se a compra fosse para mim, e eu não fazia questão de explicar que não se tratava disso. No local onde comprei, não sei se a mulher estranhou quando pedi que embrulhasse pra presente. Pelo menos, não demonstrou nada diferente.


Já para comprar os óculos a coisa ficava meio esquisita, pois já chegava dizendo que era pra presente (não dizia de que) e pedia pra ver os modelos masculinos. Nem queria fingir que era pra mim, pois em termos de óculos temos gostos e estilos de rostos bastante diferentes. Acontece que nas minhas andanças identifiquei muita gente em situação parecida com a minha, e foi na loja de óculos que rolou o seguinte diálogo entre um cara - visivelmente bichinha - e o atendente.

- Eu quero ver os modelos de óculos escuros que você tem.
- É pra você?
- Não, é presente.
- Para homem ou pra mulher?
- É para um (cof, cof, cof) "amigo".

E foi nesse momento que o atendente, que já devia ter atendido vários na mesma situação, lançou a pergunta que pra mim fantástica - foi objetivamente ao ponto sem ser ofensiva ou deselegante.

- E o seu amigo tem um estilo mais discreto ou mais... despojado?


Foi quando eu pensei: "Despojado"? Quer dizer agora que pintosa mudou de nome?

terça-feira, abril 13, 2010

Provocações

Sócio (que sabe de mim) acaba de me ligar, pra tratar de assuntos de trabalho. Ao final, me fala que está a caminho de uma reunião com um possível cliente, num sofisticado café num bairro nobre de BH, e avisa.

- Essa é uma reunião que você jamais poderia fazer?
- Por quê? Quem é esse cara?
- É o ex da minha namorada. Ela diz que é o cara mais gato que ela já ficou na vida!
- Porra, e pra esse tipo de reunião você não me chama, né?!?!
- Caramba, o cara é HOMEM!
- Aham. E vocês vão fazer a reunião num café. Sei...

(Post rápido, pra tirar poeira do blog e ver se volto a aparecer por aqui com mais frequência).

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Outings (1)



Sábado, 16 de janeiro de 2010

Eu = eu mesmo
Irmã do meio = minha irmã do meio
Personal = meu namorado (Apelido escolhido pela profissão dele. Ele é higiênico sim, mas não na forma de rolo de papel.)

Tarde, ao telefone, falando com irmã do meio.
Eu: Estou indo a uma peça da Campanha de Popularização do Teatro hoje junto com Personal. Quer ir junto?
Irmã do meio: Claro!

Início de tarde, saindo do teatro,
Irmã do meio: Para onde vamos agora? Estou a fim de dançar. Vamos para o Demodée?
Eu: Irmã, eu não estava planejando isso. Estamos até de bermuda.
Irmã do meio: É só passar na sua casa e trocar, oras. Anima, Personal?
Personal: Por mim, bacana. Eu animo. Vamos?
Eu: Vamos lá pra casa, então.

Pouco depois, em casa, Irmã do meio abre a geladeira.
Irmã do meio: Que torta é essa aqui na geladeira?
Eu: É uma torta doce, náo tá vendo?
Irmã do meio: Noossaaaaa. Foi aniversário de alguém???
Personal corre pro banheiro, pra segurar o riso.
Eu: É só uma torta, Irmã. Deixa de ser curiosa!

Na sequência, no banheiro.
Personal: Meu Deus, sua irmã é muito sem noção. Tive que vir pro banheiro pra não rir.
Eu: Quase que eu falei. Foi por pouco. Mais um pouco e eu acabo falando.

Saindo da boate. Dentro do carro. 03:30 da madrugada de domingo. Eu cansado, e doido pra ir embora, e na direção. Irmã do meio chapada, enchendo o saco porque queria ficar mais. Personal apenas observando no banco de trás.
Irmã do meio: Não acredito que você ia embora e ia me deixar lá sozinha.
Eu: Depois de quatro caipivodkas na sua cabeça eu não ia e deixar é dirigir o carro. Se quisesse ficar, tudo bem. Mas dirigindo você não voltava pra casa.
Irmã do meio: Ah, você está muito chato. E nem me deu um pedaço daquela torta lá da sua casa, que eu não sei de que ela é...
Eu (irritado): Quer saber? Aquela torta é de aniversário. Um ano de relacionamento. Eu e Personal.
Personal dá um salto de susto no banco de trás.
Irmã do meio: ...
Eu: ...
Personal (cara de paisagem): ...
Irmã do meio: Um ano? Parabéns, meu irmãozinho!
Eu: ?!?!
Irmã do meio: E parabéns pra você também, Personal. Meu cunhado!
Personal: ?!?!?!
Eu (surpreso e aliviado): Brigado. Amanhã eu te dou um pedaço da torta.

segunda-feira, abril 27, 2009

Tá explicado!


Domingo, 26 de abril de 2009. Onze da manhã, pouco tempo depois do término do GP da Bahrein de Fórmula 1. Telefone toca. No visor, aparece o nome do meu melhor amigo, que mora em Brasília, e que se casará no próximo final de semana.

- Marco, tenho ceteza que voce estava vendo a Fórmula 1, certo?
- Sim, você sabe que não perco uma corrida.
- Pois é. Eu vi também. E agora entendi porque tive tanto problema pra minha lua de mel.
- Como assim?!?!
- Entendi porque quase não tem vaga nos hotéis em Barcelona.
- ...
- E as poucas vagas estão muito caras. Vou pra lá na semana do Grande Prêmio.
- Bom, eu já tinha te chamado pra ver a corrida em São Paulo no final do ano. Mas pode ver a de barcelona também...
- É verdade. Se bobear, vou ver lá sim!


Gente fina é outra coisa, né?

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Distância


Conversando agora há pouco no MSM com um amigo, falando sobre nossas experiências a respeito de paixões à distância e as expectativas que elas geram:

Amigo diz:
 entendi....
 e esse tipode relacionamente a distância é tão complicado
 eu mesmo tava apostando em pessoas aqui por perto
 ja me apaixonei algumas vezes por pessoas de longe
 foi bom durante o encontro, mas depois  a gente sofre pra esquecer

Marco diz:
 mas eu queria passar pelo menos pela fase do "bom durante o encontro"
 e nao passar direto para a do "sofrer pra esquecer".

sábado, novembro 29, 2008

Não confunda...


Diálogo travado no final de semana passado, da cobertura de um hotel, após meia hora de sauna a vapor. Um amigo que acabara de sair do forno pescou (e pescou mal pescado) um pedaço da conversa que havia acontecido um pouco antes, a respeito da vista da cidade. Da beirada do parapeito ele esticava o pescoço e perguntava:

- Cadê o Tempra?
- Que Tempra???
- O Tempra de que vocês estavam falando. Eu não estou vendo o Tempra.
- Tá maluco? Ninguém falou de Tempra nenhum.
- Porra, ou ouvi direitinho vocês falando que 'tá rolando a maior pegação naquele Tempra'.
- KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
- Que é que foi?
- O comentário é que 'tá rolando a maior pregação naquele templo'!!!
- ...


sábado, novembro 15, 2008

Educação fisica com história


“Triálogo” acontecido na última quinta-feira na academia, entre mim, meu sócio (que malha comigo) e o meu instrutor-xará.

Sócio: Já que faltei a um treino esta semana, to querendo vir no sábado pra compensar.
Instrutor-xará: Sábado não vai dar. A academia vai estar fechada por causa do feriado.
Sócio: Tem feriado no sábado??
Eu: É mesmo. Como cai no sábado, ninguém repara, mas vai ser 15 de novembro.
Instrutor-xará (em tom desafiador): Então diz aí, 15 de novembro é dia do quê?
Eu (respondendo na lata): Proclamação da república, rapaz!
Instrutor-xará: Grande garoto...
Eu (retribuindo o desafio): Agora fala pra mim quem foi que proclamou a república.
Instrutor-xará: ?!?!?!?!?!?!

Como o instrutor-xará, além de lindo e gostoso, é uma simpatia de pessoa, eu acabei dando um desconto. Do contrário eu ia perguntar pra ele o que é república, só pra massacrar. E pra ele aprender a não mexer com quem tá quieto...

quarta-feira, maio 21, 2008

Diálogo


Celular toca nesta quarta-feira, véspera de feriado. É o meu melhor amigo, hetero, que está morando em Brasília. Ele quase sempre liga quando está para vir pra BH, pra gente se encontrar. Mas desta vez foi diferente.

- Fala, Marco!
- Fala, Amigo! Beleza?

- Beleza! Marco, por acaso você vai a São Paulo este final de semana?
- Vou não. Por quê?
- É que eu li na internet hoje que este final de semana tem Parada lá em São Paulo...
- E...?

- ... e eu estou indo pra lá!
- ?!?!?!?!?!?!
- Estou indo pra São paulo. Tenho uma reunião de trabalho segunda-feira de manhã. Então chego na cidade no final de semana.
- Ah, que susto...
- Pensei que talvez você estivesse planejando ir pra lá.
- Infelizmente, não. Mas, já que que você vai estar na cidade, pode dar uma passadinha lá, me representando.

- ... ?!?!?!
- KKKKKKKKKKKKK
- Pode até ser, mas só como simpatizante, ok? Hehehehe.

Nessas horas vejo como é bom quando posso seu "eu mesmo" com as pessoas!

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Pocket crisis



Nos últimos dias passei mais uma das minhas crises existenciais instantâneas. Desta vez ela veio ainda mais aguda, tanto em termos de intensidade quanto em rapidez.

Só pra explicar: trabalho em dois lugares, sendo que um deles é um negócio próprio e o outro um serviço público. Há cerca de dois anos, o Poderoso Chefão da instituição pública estabeleceu uma norma que, na teoria, estabeleceria uma incompatibilidade entre minha função pública e minha atividade privada. Diga-se de passagem, uma norma que ele NÃO tem autoridade para estabelecer!

Obviamente não concordei com essa história e, mesclando boas doses de coragem, teimosia e cara-de-pau, sustentei ambas as atividades, sem esconder isso de ninguém. Cedo ou tarde, chegaria uma hora que esta situação poderia não se sustentar. Agora, depois de dois anos, “a hora” resolveu mostrar-se iminente.

Um ofício recebido na última sexta-feira me fez encarar um dilema que eu insistia em postergar: e se eu simplesmente me vir obrigado a optar entre uma ou outra das minhas atividades? Esse dilema não tem a ver apenas com a opção entre uma de duas fontes de renda (que, juntas, sustentam meu atual padrão de vida, que inclui o “luxo” de morar sozinho e pagar as próprias contas sem pedir nada a ninguém). Tem a ver com opções de vida, com projetos, com realização pessoal, com senso de liberdade, e com uma série de outras questões que emergem do tornado emocional.

Depois de muito tempo, senti MEDO. Estava inseguro. Impotente. A situação se mostrava fora de meu controle. Mas uma vez, quase entrei em pane.

No final de semana decidi não encarar o problema e, de quebra, meti o pé na jaca! Segunda-feira, a sensação de insegurança encontrou terreno fértil nas ressacas alcoólica e moral para se disseminar. Ô dia essa segunda... ô noite até terça...

Mas como minhas crises não têm prazo de validade muito longo, nesta terça-feira já começo a ver que o bicho não é tããããão feio assim. Claro, ainda não há nada resolvido, mas já segurei as pontas e não vou me desesperar. Vamos ver no que vai dar.

Agora, só pra descontrair, registro o seguinte diálogo:

Segunda-feira (da crise), estou bem voltando do(s) trabalho(s) para casa, chateado pra caramba, quando percebo no meio do caminho um lugar novo. Uma casinha colorida, com uma placa anunciando um novo barzinho. O local te um aspecto bacana, acolhedor, mas não dava pra ver muita coisa do lado de fora. Algo muito peculiar me fez cruzar a rua e ir conversar como segurança na porta, mas ainda não sabia o que era.

- Oi, esse lugar é novo?
- Sim. Abriu na sexta-feira.
- Ah, e como funciona?
- Olha, vai funcionar todos os dias, abrindo às 18 horas. Ambiente bacana. De sexta a domingo tem música ao vivo, etc.
- Poxa, bacana!
- Só que tem uma dificuldade...
- E qual a “dificuldade” (perguntei, já imaginando a resposta).
- É que aqui é uma casa GLS...

Bingo! Não foi à toa que senti algo quase “me chamando” para aquele lugar. Mas, porra! “Tem uma dificuldade??” Tá certo que o cara tem que avisar aos incautos, mas parece que o rapaz não está ainda muito habituado a lidar com a situação. Pensei na hora que se eu fosse dono do local e ouvisse isso, acho que ele não precisaria voltar no dia seguinte. Como não sou dono de buteco nenhum, tratei apenas de desanuviar a saia justa que o segurança nem sabia que tinha provocado:

- Pois é, dificuldade pra uns, facilidade pra outros...
- É verdade! (Ele respondeu sorrindo).

Menos mal, então. Quem sabe o moço não pescou a mensagem e se tocou? No meio da crise, este diálogo me fez seguir em frente sorrindo por uns quatro quarteirões.
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