Belo Horizonte está vivendo um calor do Senegal, sem ter praias da Bahia. O horizonte pode até ficar mais belo, mas só de imaginar que isso é apenas o início da primavera (!!!), dá um pingo de desânimo. Antigamente costumava dizer que preferia temperaturas altas às baixas. O frio nunca foi uma grande paixão. Começo a mudar de ideia. Deve ser saudade...

Ora sala de visitas, ora confessionário, ora abrigo. Sempre meu pequeno espaço virtual! Registro de fatos, pensamentos, sentimentos de um cara com uma história meio diferente do padrão comum. Aquele padrão que ninguém consegue seguir à risca e sempre infringe de alguma forma, às vezes explícita, às vezes velada. Até porque, de perto ninguém é normal.
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segunda-feira, outubro 05, 2015
quinta-feira, maio 19, 2011
Frio
Está cada dia mais difícil levantar cedo em BH. Tá frio. Frio... Friiiiooooo..... Justo na época que estou tentando regularizar meus horários, inclusive de refeições, pro dia render mais. Demoro mais de uma hora entre acordar e tomar coragem de sair da cama. Pelo menos tenho meu cobertor de orelha garantido quase todos os dias da semana. Mas quando ele não está na minha cama pra aquecer a noite... BBBRRrrrzzzzzz...................... Haja edredom!
domingo, fevereiro 11, 2007
Villa Paraty

Esse post interessa basicamente aos leitores de Belo Horizonte, em especial àqueles que ficaram curiosos a respeito da “casinha colorida” do post anterior.
O local se chama Villa Paraty, fica na Rua Rio de Janeiro , nº 1309, não muito longe da Eros (vulgo “Piscinão de Ramos”). Aliás, apesar da proximidade física, ambos os locais podem ser considerados beeeem diferentes.
O próprio apelido (Piscinão) já dá bem a idéia do estilo do local: fechado, escuro, pesado, cheio de gente esquisita e feia... Ainda assim, por mais que eu guarde uma imagem meio podre de lá, não dá pra negar que é um lugar, no mínimo divertido, se você consegue se abstrair do ambiente muito dark. Sim, sim, sim, eu já fui lá algumas vezes (tem história que até rende post). Afinal, quem é que nunca passou por uma fase podrera? Mas não é sobre lá que quero falar, pelo menos hoje.
Já o Villa Paraty é um local bem colorido, com um clima ameno e acolhedor. Tem uma parte interna muito bonitinha e, uma área externa no fundo muuuuuuito aconchegante. Lembra bastante o clima do antigo Mineiro Bill, com direito a pés de jabuticaba e tudo mais.
Fui pra lá com um amigo na última sexta feira, apenas para um happy hour. Chegamos às 19:00 e saímos às 22:00. A parte externa já estava com suas mesas quase todas lotadas. A cerveja estava gelada, o tira-gosto apetitoso e, principalmente, o atendimento foi excelente.
Ao sair, fizemos questão de cumprimentar a garçonete e a dona do bar, cujo nome eu não me lembro agora, mas é famosa por ser ex-namorada da Gisele Andrade (dona do Gis e cantora com status de mega-estrela da comunidade homossexual local).
Meu palpite é que o lugar vai dar certo. Torço apenas para não fazer tanto sucesso, a ponto de se tornar um lugar insuportável de se freqüentar. Se bem que, com esta publicidade (grátis, diga-se de passagem) a tendência é que lá comece a lotar rapidamente.
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UPDATE às 23:00
Postei no final da tarde e acabei passando no local no início da noite. Música ao vivo com a Gisele, bastante gente lá dentro, pessoas bonitas, nada muito lotado, etc. Mas me sinto na obrigação de dar um, digamos, “alerta” aos leitores.
Sempre achei muito imprópria a expressão “bar de sapa” (ou “bar de sapatão”) que é como muitos estabelecimentos são conhecidos, pelo menos aqui em BH. Isto porque a maioria desses lugares tem ampla predominância de gays masculinos. Via de regra, no mínimo 70% dos freqüentadores são rapazes.
Já a Villa Paraty mudou esse quadro. Praticamente 80% dos freqüentadores eram mulheres. Poucas “caminhoneiras”. Muitas meninas lindas, femininas, cheias de graça... para as outras meninas.
Então, vale a ressalva: todos os elogios ao bar continuam mantidos. Só que não se esqueçam de uma coisa: lá é um lugar fantástico pra quem gosta de bebida, de musica, de ambiente bacana e, principalmente... de mulheres!
É isso!

Sempre achei muito imprópria a expressão “bar de sapa” (ou “bar de sapatão”) que é como muitos estabelecimentos são conhecidos, pelo menos aqui em BH. Isto porque a maioria desses lugares tem ampla predominância de gays masculinos. Via de regra, no mínimo 70% dos freqüentadores são rapazes.
Já a Villa Paraty mudou esse quadro. Praticamente 80% dos freqüentadores eram mulheres. Poucas “caminhoneiras”. Muitas meninas lindas, femininas, cheias de graça... para as outras meninas.
Então, vale a ressalva: todos os elogios ao bar continuam mantidos. Só que não se esqueçam de uma coisa: lá é um lugar fantástico pra quem gosta de bebida, de musica, de ambiente bacana e, principalmente... de mulheres!
É isso!
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Pocket crisis

Nos últimos dias passei mais uma das minhas crises existenciais instantâneas. Desta vez ela veio ainda mais aguda, tanto em termos de intensidade quanto em rapidez.
Só pra explicar: trabalho em dois lugares, sendo que um deles é um negócio próprio e o outro um serviço público. Há cerca de dois anos, o Poderoso Chefão da instituição pública estabeleceu uma norma que, na teoria, estabeleceria uma incompatibilidade entre minha função pública e minha atividade privada. Diga-se de passagem, uma norma que ele NÃO tem autoridade para estabelecer!
Obviamente não concordei com essa história e, mesclando boas doses de coragem, teimosia e cara-de-pau, sustentei ambas as atividades, sem esconder isso de ninguém. Cedo ou tarde, chegaria uma hora que esta situação poderia não se sustentar. Agora, depois de dois anos, “a hora” resolveu mostrar-se iminente.
Um ofício recebido na última sexta-feira me fez encarar um dilema que eu insistia em postergar: e se eu simplesmente me vir obrigado a optar entre uma ou outra das minhas atividades? Esse dilema não tem a ver apenas com a opção entre uma de duas fontes de renda (que, juntas, sustentam meu atual padrão de vida, que inclui o “luxo” de morar sozinho e pagar as próprias contas sem pedir nada a ninguém). Tem a ver com opções de vida, com projetos, com realização pessoal, com senso de liberdade, e com uma série de outras questões que emergem do tornado emocional.
Depois de muito tempo, senti MEDO. Estava inseguro. Impotente. A situação se mostrava fora de meu controle. Mas uma vez, quase entrei em pane.
No final de semana decidi não encarar o problema e, de quebra, meti o pé na jaca! Segunda-feira, a sensação de insegurança encontrou terreno fértil nas ressacas alcoólica e moral para se disseminar. Ô dia essa segunda... ô noite até terça...
Mas como minhas crises não têm prazo de validade muito longo, nesta terça-feira já começo a ver que o bicho não é tããããão feio assim. Claro, ainda não há nada resolvido, mas já segurei as pontas e não vou me desesperar. Vamos ver no que vai dar.
Agora, só pra descontrair, registro o seguinte diálogo:
Segunda-feira (da crise), estou bem voltando do(s) trabalho(s) para casa, chateado pra caramba, quando percebo no meio do caminho um lugar novo. Uma casinha colorida, com uma placa anunciando um novo barzinho. O local te um aspecto bacana, acolhedor, mas não dava pra ver muita coisa do lado de fora. Algo muito peculiar me fez cruzar a rua e ir conversar como segurança na porta, mas ainda não sabia o que era.
- Oi, esse lugar é novo?
Só pra explicar: trabalho em dois lugares, sendo que um deles é um negócio próprio e o outro um serviço público. Há cerca de dois anos, o Poderoso Chefão da instituição pública estabeleceu uma norma que, na teoria, estabeleceria uma incompatibilidade entre minha função pública e minha atividade privada. Diga-se de passagem, uma norma que ele NÃO tem autoridade para estabelecer!
Obviamente não concordei com essa história e, mesclando boas doses de coragem, teimosia e cara-de-pau, sustentei ambas as atividades, sem esconder isso de ninguém. Cedo ou tarde, chegaria uma hora que esta situação poderia não se sustentar. Agora, depois de dois anos, “a hora” resolveu mostrar-se iminente.
Um ofício recebido na última sexta-feira me fez encarar um dilema que eu insistia em postergar: e se eu simplesmente me vir obrigado a optar entre uma ou outra das minhas atividades? Esse dilema não tem a ver apenas com a opção entre uma de duas fontes de renda (que, juntas, sustentam meu atual padrão de vida, que inclui o “luxo” de morar sozinho e pagar as próprias contas sem pedir nada a ninguém). Tem a ver com opções de vida, com projetos, com realização pessoal, com senso de liberdade, e com uma série de outras questões que emergem do tornado emocional.
Depois de muito tempo, senti MEDO. Estava inseguro. Impotente. A situação se mostrava fora de meu controle. Mas uma vez, quase entrei em pane.
No final de semana decidi não encarar o problema e, de quebra, meti o pé na jaca! Segunda-feira, a sensação de insegurança encontrou terreno fértil nas ressacas alcoólica e moral para se disseminar. Ô dia essa segunda... ô noite até terça...
Mas como minhas crises não têm prazo de validade muito longo, nesta terça-feira já começo a ver que o bicho não é tããããão feio assim. Claro, ainda não há nada resolvido, mas já segurei as pontas e não vou me desesperar. Vamos ver no que vai dar.
Agora, só pra descontrair, registro o seguinte diálogo:
- Oi, esse lugar é novo?
- Sim. Abriu na sexta-feira.
- Ah, e como funciona?
- Olha, vai funcionar todos os dias, abrindo às 18 horas. Ambiente bacana. De sexta a domingo tem música ao vivo, etc.
- Poxa, bacana!
- Só que tem uma dificuldade...
- E qual a “dificuldade” (perguntei, já imaginando a resposta).
- É que aqui é uma casa GLS...
Bingo! Não foi à toa que senti algo quase “me chamando” para aquele lugar. Mas, porra! “Tem uma dificuldade??” Tá certo que o cara tem que avisar aos incautos, mas parece que o rapaz não está ainda muito habituado a lidar com a situação. Pensei na hora que se eu fosse dono do local e ouvisse isso, acho que ele não precisaria voltar no dia seguinte. Como não sou dono de buteco nenhum, tratei apenas de desanuviar a saia justa que o segurança nem sabia que tinha provocado:
- Pois é, dificuldade pra uns, facilidade pra outros...
- É verdade! (Ele respondeu sorrindo).
Menos mal, então. Quem sabe o moço não pescou a mensagem e se tocou? No meio da crise, este diálogo me fez seguir em frente sorrindo por uns quatro quarteirões.
- Ah, e como funciona?
- Olha, vai funcionar todos os dias, abrindo às 18 horas. Ambiente bacana. De sexta a domingo tem música ao vivo, etc.
- Poxa, bacana!
- Só que tem uma dificuldade...
- E qual a “dificuldade” (perguntei, já imaginando a resposta).
- É que aqui é uma casa GLS...
Bingo! Não foi à toa que senti algo quase “me chamando” para aquele lugar. Mas, porra! “Tem uma dificuldade??” Tá certo que o cara tem que avisar aos incautos, mas parece que o rapaz não está ainda muito habituado a lidar com a situação. Pensei na hora que se eu fosse dono do local e ouvisse isso, acho que ele não precisaria voltar no dia seguinte. Como não sou dono de buteco nenhum, tratei apenas de desanuviar a saia justa que o segurança nem sabia que tinha provocado:
- Pois é, dificuldade pra uns, facilidade pra outros...
- É verdade! (Ele respondeu sorrindo).
Menos mal, então. Quem sabe o moço não pescou a mensagem e se tocou? No meio da crise, este diálogo me fez seguir em frente sorrindo por uns quatro quarteirões.
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