Tudo bem, eu sei que demorou, mas aqui está o prometido post sobre o Rio de Janeiro. Demorou porque o tempo anda curto e já tenho passado muito dele na frente do computador por conta de meu trabalho. Se bem que, como um quase viciado em computadores, passo boa parte do tempo livre também na frente do monitor. Ainda assim, fiz questão de escrever apenas quando pude reunir disponibilidade e ânimo suficientes para escrever algo à altura dos acontecimentos.
Eu e meu gatinho viajamos de ônibus numa quinta-feira à tarde e chegamos ao Rio à noite. Qual não foi a minha satisfação ao chegar ao prédio do Ricardo e do Leandro e vê-los nos esperando lá embaixo. “Eu achei que vocês fossem maiores!”, disse o abusado do Ricardo, sem nenhuma cerimônia, antes mesmo de subirmos as escadas. Era uma prévia de como seriam os próximos dias, de conversas animadas, brincadeiras, histórias e muitas, mas muitas risadas mesmo.
Foi fácil se sentir em casa na casa dos meninos. Afinal, após tantos papos no msm, já tínhamos tanta intimidade que quase (eu disse, quase!) me sentiria à vontade pra ir ao banheiro de porta aberta, fechar a porta da geladeira com o pé ou dar um pontapé dos gatos que eles ainda não tinham. Já meu gatinho não havia tido quase nenhum contato com eles até aquele dia, mas não tenho dúvidas que o entrosamento foi praticamente imediato. Até porque, mesmo cansados da estrada, tivemos ânimo de render papo até as primeiras horas da madrugada.
Os dias que se passaram foram de pouco sol, mas de muito passeio. Na sexta-feira Ricardo tinha que trabalhar, então Leandro nos levou para Ipanema, onde eu fui o único a encarar (por pouco tempo) a água, que estava gelada e pouco limpa. Ainda assim, não me perdoaria caso não entrasse no mar. À noite, fomos todos a um bar perto lá de casa (olha só a intimidade... “lá de casa”!!!) tomar umas cervejas e compartilhar boas histórias.
Sábado foi dia de passear pelo centro da cidade. Andamos muito pudemos conhecer lugares e construções belíssimos. Fiquei deslumbrado com a suntuosidade do Mosteiro de São Bento. Passamos por construções lindas, como o Teatro Municipal, a Igreja da Candelária, o Real Gabinete Português de Leitura, entre diversos outros. (Fiquei com pena do Leandro, que a toda hora era questionado por n’os sobre cada um prédios bacanas que víamos, e explicada um pouco sobre cada um deles com a maior paciência do mundo.)
Visitamos uma exposição no Instituto Cultural Banco do Brasil sobre a formação do Estado Português e a influência recebida de outras civilizações. Nos aventuramos no bondinho para Santa Teresa, passando pelo caminho sobre os Arcos da Lapa. Visitamos um museu instalado numa construção em ruínas que estava inaugurando naquele dia uma exposição sobre... ruínas! De quebra, entramos numa inesperada recepção da inauguração, com champagne 0800, que apenas serviu para tornar mais impressionante a inebriante vista do local.
Domingo foi dia de passeio de barca, quando tivemos a companhia agradabilíssima de Rogério - um encanto de pessoa. Vimos outros pontos turísticos de uma perspectiva inédita para mim, e nos divertimos muito fazendo palhaçadas no andar de baixo, enquanto a maior parte da turistada ficava no pavimento de cima. Baixou desde São Sebastião até Leonardo Di Caprio na embarcação.
Depois, mais passeio em terra firme: Paço Imperial (pra quem não sabe, Paço significa Palácio, viu, moçada!), Palácio Tiradentes, e uma despedida da praia. Neste dia pude reencontrar de verdade minha amiga de BH que estava no Rio há semanas e quase não dava notícias. Bom, nem nos falamos durante muito tempo de novo, mas ela nos acompanhou até a estação do metrô, que tomaríamos de volta para casa, e contou no caminho um pouco de suas últimas aventuras.
No final das contas, tivemos uma viagem de muitos passeios, papos divertidíssimos e quase nenhuma badalação gay. Na verdade, este era mesmo o objetivo da viagem: conhecer o Rio de Janeiro que eu não havia conhecido nas minhas últimas viagens e que tem muito mais a oferecer que apenas homens deliciosos e sarados (de sunga, na praia, ou descamisados, nas boates). Estes eu já conhecia de outros carnavais – e solteiro. Desta vez, pude conhecer a Cidade Maravilhosa muito além do seu “mundinho G”, mesmo sem termos conseguido visitar alguns de seus pontos mais famosos.
De quebra, fomos recebidos e ciceroneados por duas pessoas fantásticas, inteligentes e divertidas, que não mediram esforços para nos receber bem e nos acolher com todo carinho. Partimos de lá já com saudades e o com uma grande vontade de “quero mais”. Isso sem saber que teríamos mais – e mais cedo do que podíamos imaginar.
(Continua...)
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